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Mas se o conhecimento e a informação nunca tiveram uma distribuição justa, qual a razão se ser injusto agora?
No início Deus criou tudo, o céu e a terra, sem participação ou conhecimento de Adão e Eva. Criou o mundo para depois criar seus ocupantes, aqueles que deveriam viver e conviver com os problemas encontrados. E Deus é citado como o Arquiteto Universal. Mas por ter criado o homem a sua imagem e semelhança, sabia que o proibido seria descumprido por Adão e Eva, iriam investigar o não permitido. Solução: criar uma culpa para Adão e Eva e expulsá-los, de onde o criador entendia ser um paraíso. Foram expulsos e ainda saíram com uma culpa, precisaram migrar para outras plagas. E Deus deu mais uma chance aos novos inquilinos. Tinha poder e força para modificar as intempéries, tinha um conhecimento de uma física atmosférica, que um dia seria estudada. O conhecimento não permitido.
Do mesmo modo são as escolas, são criadas sem consultar o aluno. Desde a arquitetura dos prédios, com corredores e salas de aula, e mesas ou carteiras em fileiras provento uma visibilidade ao professor, até uma escolha antecipada do romaneio da biblioteca. Muitas sem hemeroteca ou mesmo uma gibi teca com histórias em quadrinhos. E as bibliotecas dizem os mestres e escritores, ser um éden de conhecimento, onde todos podem ser provados. Exceto alguns apontados, já que podem ainda não estar preparados, para saber uma verdade. A escola um paraíso na visão na visão de professores, que acreditam transformar os alunos ,transformando-os em possuidores de um diploma, afirmando possuírem um conhecimento, valendo o escrito tal como jogo de bicho. Mas por um deslize podem ser expulsos do paraíso. E não receber um diploma, questionando sistemas e professores.
E o povo de Deus pecou novamente. Então Deus convocou Noé para fazer uma arca, para depois então reunir seus parentes e animais (o seu próprio conhecimento de família e criações de animais), antes da chegada do dilúvio. E Noé tinha em mãos o conhecimento e as informações oferecidas por Deus, para construir uma arca, com medidas estabelecidas por Deus, o arquiteto naval. E um objetivo do que fazer quando a arca estivesse pronta, também lhe foi dito. Preservar um conhecimento de constituição da família e da criação de animais. Precisava preservar seus conhecimentos em uma arca, já que ainda não haviam os livros, tão pouco pen drives ou disquetes para um computador. E o conhecimento foi embarcado, Um ato de embarque como um download, com informações e programas baixados das nuvens. E Noé fez o ato de transferir seus arquivos para outra parte do mundo, com uma arca zipada, repleta de pastas e arquivos. Cada cérebro é um HD, com mobilidade e capacidade de processamento das informações arquivadas. Na universidade professores orientadores constroem uma arca, com seus orientandos embarcados, preservando e construindo uma pesquisa, sob coordenação de um orientador, o Noé do TCC, das teses e dissertações.
Deus convocou Moisés a chegar em um local, para lhe entregar algumas placas, com informações e conhecimentos. Placas de memórias, que ninguém poderia ou deveria esquecer. Regras, normas e leis, que deveriam ser divulgadas e impostas, para o bem do mundo, evitando o pecado do povo. E Moisés administrou e divulgou o que estava contido nas placas, como detentor de um conhecimento. Em outro momento Deus enviou seu filho, para apresentar novas ideias e novos conhecimentos. E Jesus circulou por diversos lugares levando a palavra de Deus, com quem tinha um contato direto. Deus era o arquiteto universal, um doutor na causa e no conhecimento, enquanto Jesus era um mestre, o mestre que popularizou a cruz. E a cruz foi usada em diversos conhecimentos: do esquadro e do compasso, passando por armas, utensílios e ferramentas, até o avião, como uma cruz voando. No melhor exemplo, o eixo cartesiano favorecendo estatísticas e pesquisas. Com uma cruz em mastros e velas descobriram outras terras, depois de avistar a constelação do Cruzeiro do Sul, apontando um caminho.
Os filósofos gregos construíram um conhecimento a partir de seus estudos e suas observações do mundo. E abriram escolas, colégios e academias, demonstrando seu conhecimento e seu domínio, com as ciências e as definições das palavras. E as escolas, colégios e academias tentaram deter um conhecimento até os dias de hoje. Professores tal como filósofos, desfilando em uma sala, exibem seus conhecimentos. aos seus alunos. Para depois aplicar uma prova, para conferir tudo que foi dito e aprendido, saber se todos estavam atentos a seus gestos e palavras, como estratégia de domínio e de conhecimento. E os filósofos se tornaram símbolos do mestre e do professor.
Professores aplicam provas aos seus alunos, como se estes fossem os culpados de não adquirir um conhecimento que lhe foi ofertado. Enquanto o Direito diz que o réu não é obrigado a reunir provas contra si mesmo. Para a contestação das notas, é imposto uma árdua maratona, com pedidos e processos, aguardando um deferimento, mais as taxas e emolumentos.
A igreja com mosteiros e monges isolados do mundo construíram um conhecimento, em um local fechado para o mundo. Mas as igrejas espalhadas na cidade, adotam apenas um livro, dizendo ser o livro dos livros, onde divulgam para o povo o seu conteúdo, a partir de interpretações próprias, que defendam os seus interesses. Citam histórias do princípio e do fim do mundo. Histórias de povos e comportamentos. Cartas de uns para outros, divulgando ideias a outras partes e outros momentos, geográficos e históricos. E outros conhecimentos ficaram a cargo de outras escolas e outros colégios, com outras matérias excomungadas da igreja. A universidade substituiu os conventos, e se apropriou de alguns ritos e rituais da igreja para formar Bacharéis, Mestres e Doutores, com direito a roupa preta, beca, canudo e capelo, acompanhados de rituais e títulos.
O conhecimento sempre esteve nas mãos de um, de uns, ou de poucos. E muitas das vezes os detentores de um conhecimento estiveram em um lugar fechado, isolado, de difícil acesso a seus escritos e suas bibliotecas; hoje seus arquivos em mídias diversas. E agora um grupo de pessoas se diz contra um novo modelo educacional que vem sendo criado, dando possibilidades de escolhas, sem impedir a obtenção de um outro conhecimento, ou a leitura de um livro. A abertura das portas do paraíso, sem impedimentos.
E assim estão as faculdades, com fossos e muros. Muitas em castelos, com uma longa trilha para alcançá-los, controladas por senhores reitores, conduzindo suas pupilas. Agora querem defender seus mestres, doutores e títulos. sua posição de domínio de uma sociedade. Insistem em dizer que possuem um conhecimento, uma didática e até uma tecnologia. Ensinam,a dialética e epistemologia, mas não admitem serem enquadradas nas próprias regras e definições. São as verdadeiras startups.
Durante o período de gestação, as gestantes podem fazer exames e acompanhamentos médicos no período denominado de pré-natal. antes do nascimento da criança, enquanto feto ou embrião. E as gestantes procuram médicos e enfermeiros; agentes e auxiliares de saúde; consultórios e postos de saúde; ambulatórios ou clínicas, de acordo com suas possibilidades, seus conhecimentos e suas posses. As informações estão disponíveis, mas nem todos tem acesso ou compreensão do que é possível.
Depois do nascimento vem o período de puerpério e amamentação. E as mães mais informadas oferecem a seus filhos o leite materno, como uma orientação médica e de saúde. Nas impossibilitadas de oferecer o próprio leite materno procuram opções e chances de substituição, como leites processados ou modificados, e bancos de leite materno, coletado e distribuído por instituições beneficentes ou órgão publico. E tudo depende de uma informação e um conhecimento.
A partir do ponto de vista médico, um procedimento é indicado: prevenindo ou corrigindo uma falha no percurso. Um procedimento que pode promover saúde e um bom desenvolvimento, a promoção de ausência de doenças. As dores e a doenças podem diferenciar de paciente para paciente de acordo com suas próprias resistência e conhecimentos, causam sensações e efeitos em condições e ambientes diferentes. E ao corpo de saúde com medicina e enfermagem, cabe saber interpretar e ajudar ao paciente voltar a uma estabilidade, que se sinta confortável. E o mesmo pode ser feito por professores e alunos, na relação comerciante e cliente; médico e paciente.
Sobre o desenvolvimento e crescimento da criança. Um desenvolvimento que pode influenciar no aprendizado da criança, conduzida e criada pelos pais. Pais que precisam dominar um conhecimento, e saber escolher os caminhos. Mas não é permitido ou facilitado a todos ter um conhecimento e escolher os caminhos, por problemas de poses ou impedimento de uma sociedade, ou por falta de opção de ter a disposição. Há conhecimentos que chegam aos interessados. e outros precisam ser buscados ou descobertos.
E chega o período de creche e escola, onde outros além dos pais, podem influenciar e oferecer conhecimentos a criança. Um conhecimento já foi inicialmente obtido na casa ou no útero, oferecido pelos pais, com mais ênfases às mães, que está mais próximo da cria, que influencia do útero a universidade, facilitando uma pós graduação. Diz Bourdieu que a formação escolar da criança está diretamente relacionada à formação da mãe.
Cada grupo domina um conhecimento. As profissões se organizam com pessoas que partilham e compartilham de um conhecimento, exercendo uma atividade. Dominam um saber, e podem fazer uso deste poder de conhecimento. Entendem que seu conhecimento é um bem e pode fazer um bem a outro. Podem ter seu conhecimento como uma mercadoria, um capital intelectual. Mas sobre a noção do bem, e seus significados, exige um exame árduo, tendo em vista que os homens que introduziram as formas são amigos (Ética a Nicômaco: Aristóteles - 384 aC.. a 322 a C.). Cada grupo domina um conhecimento e um mercado, criando regras e vocabulário próprio, que Michel Foucault denomina como discurso, e Pierre Bourdieu diz ser um habitus. Comportamentos e elementos próprios de um campo ou um espaço, que permitem um controle (Foucault) ou um domínio (Bourdieu). Grupos que constroem uma hegemonia (Antonio Gramsci), permitindo o controle de outros grupos, com um consentimento autorizado ou permitido. Com estruturas e superestrutura, ética e ideologia, voltamos em Gramsci
O conhecimento desde o início do pensamento científico, foi fomentado por indivíduos com algum interesse, como se destacar diante de seus rivais ou parceiros, demonstrando ter um conhecimento que o outro não tinha. E pode ser uma moeda de troca, assim como o fez ex presidente Lula, que possibilitou e facilitou o avanço e a implantação de universidades, para obter alguns títulos que não teria, ainda que fosse graduado. FHC e Temer já possuem títulos, não necessitando de fomentar os cursos universitários. Com a ex presidenta Dilma, seus cursos e diplomas ainda são suspeitos, precisam ser melhor investigados. No período do regime militar, os presidentes eram generais, oficiais superiores que frequentaram as escolas superiores de guerra. Cada um com sua estratégia de domínio.
E fomentando o conhecimento temos o CNPq que com seus grupos de pesquisa e conhecimento, ditam as regras de como deve ser feita a grade curricular de um curso universitário; como deve ser esquematizado e feito um currículo de professor ou pesquisador. Com seus membros participantes e associados determinam as regras de quem é mestre ou doutor. Com seus títulos e currículos julgam ser os novos deuses das academias, os filhos de Lattes.
Uma proposta curricular governamental cria a possibilidade de escolher uma própria formação com os conhecimento que se achar e entender como necessário. Uma auto formação de profissões e conhecimentos. A proposta do governo não impede a busca de um novo conhecimento. As cadeiras não oferecidas, poderão ser encontradas em outros lugares e nos livros. Lugares e livros que podem ser descobertos na palma da mão. Uma PEC - Proposta de Emenda Constitucional, onde cada um pode exercer a própria práxis com um PEC - Planejamento Educacional e Curricular. Tudo é relativo e pode ser relativizado.
No livro da igreja o povo pecava e o criador providenciou um castigo, precisando o povo começar tudo novamente. Nos livros das escolas, o aluno erra e é punido ou reprovado, tendo que começar tudo de novo, com o risco de ser punido ou reprovado novamente. No Egito o povo estava escravizado, e surgiu Moisés para libertar o povo e mostrar um caminho.
Roberto Cardoso
Reiki Master
Em 26/10/2016
Mas se o conhecimento e a informação nunca tiveram uma distribuição justa, qual a razão se ser injusto agora?
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Texto em:
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