quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

O conhecimento que circula pelas ruas (2)



O conhecimento que circula pelas ruas (2)



O Velho Guerreiro já dizia: Quem não se comunica se trumbica; e dizia também: na TV nada se cria, e tudo se copia. Uma alusão às palavras de Lavoisier (1743-1794), que disse: Na natureza nada se cria. Nada se perde, e tudo se transforma. Abelardo Barbosa estava com tudo e não estava prosa. Chacrinha tomou emprestado um teorema da ciência, e levou para a comunicação. 

A comunicação esta por toda parte. Cada lugar e cada olhar podem gerar uma informação, e produzir um novo conhecimento. Informações inscritas e escritas em pisos e paredes. Olhares verticais e horizontais proporcionam conhecimentos transversais. As informações chegam pelos sentidos. Um céu que pode anunciar uma mudança no tempo para as próximas horas. Uma sensação de vento, de frio ou de calor, pode indicar uma mudança de temperatura.

A informação chega pelos sentidos organolépticos do corpo humano e pelos aparelhos criados pelos mesmos humanos. A informação chega via computadores, rádios, TV e etc.. Nas ruas também estão diversas informações. Um grafite ou uma pichação tem uma informação, assim como uma faixa amarela pintada no chão, marcando e delimitando espaços, como faixas de sinalização tátil.

O homem das cavernas saia em busca de alimentos. Com as grandes navegações europeus saíram em busca de especiarias. O turismo regional oferece aos seus visitantes comidas típicas de sua região. Experimentar um prato típico pode ser o primeiro contato físico e orgânico com a cultura de uma região. Alimento e informação andam paralelos na história e no conhecimento. Para obter alimentos e especiarias foi necessário informação e conhecimento. As primeiras e pequenas incursões geram os primeiros conhecimentos.

Abelardo Barbosa mais conhecido como Chacrinha, tinha por hábito distribuir alimentos ao publico e troféus aos participantes, que também podiam ser alimentos. Com abacaxis e bacalhaus, agradava auditórios e telespectadores. Patrocinado por uma rede de supermercados que hoje não existe mais, usava uma cartola e sobre o peito um grande disco de discagem telefônica, lembrando antigos telefones. E levava uma buzina pendurada no pescoço, servia para reprovar calouros em seu programa. 

Buzina um instrumento e um símbolo de pequenos comerciantes, que levavam ou ainda levam mercadorias em triciclos ou pequenos carrinhos, pelas ruas, e de porta em porta, acionando a buzina para atrair clientes. Pequenos comerciantes como: padeiros, sorveteiros, pipoqueiros, peixeiros, verdureiros e outros “eiros”. Cada comerciante ambulante pode utilizar um som, que com o tempo e o reconhecimento vai atraindo os fregueses. 

Pipoqueiros podem alem de usar buzinas e suas vozes, podem usar também o aroma das pipocas, durante o processo de preparo de sua mercadoria, como estratégia de divulgação. A confecção de produtos alimentícios em espaços públicos mexe com colheres e aromas, o olfato sinalizando ao paladar.

Chacrinha fez associações entre as mercadorias e a comunicação, dando oportunidade a autores e cantores, e a calouros também, de exporem suas opiniões em suas vozes e suas canções. Os que ali em seu programa se apresentavam tinham uma oportunidade de apresentar seus produtos, como a suas imaginações usadas em suas composições, associada ao seu conhecimento. E tendo suas vozes, como instrumentos.

Desde os tempos muito remotos, o homem teve uma necessidade de se comunicar. O texto bíblico já mostra por diversas vezes, uma comunicação do homem com Deus. Uma comunicação entre o céu e a terra. E por vezes uma comunicação silenciosa, chegando a brados em direção aos céus. Hoje vemos e observamos igrejas e religiões. Umas com orações silenciosas, e outras com um grande bradar, lembrando chuvas torrenciais, trovoadas e relâmpagos. Alem de uma comunicação com Deus o homem teve a necessidade de se comunicar com outros homens, e até com animais. Pessoas com outras moradas, instaladas em outros lugarejos, em outras cidades, outros países e outros continentes. 

As respostas sempre vieram do céu. Hoje o homem continua sua busca incessante em descobrir vidas em outros planetas, em busca de novos vizinhos planetários. Assim como Deus poderia enviar respostas, as vindas do céu, muitas respostas hoje estão armazenadas nas nuvens, e lá podem estar as respostas, de uma pergunta ou solicitação. Quando os portugueses enfrentaram os mares, podem ter avistado no céu uma coincidência, juntando duas cruzes: as pontas dos mastros de seus navios com a constelação do Cruzeiro do Sul.

Continuamos atrás de respostas vindas do céu. Vivemos em busca de novas descobertas siderais, para que possamos um dia se comunicar com os novos vizinhos.  Vizinhos com os quais poderá ser possível trocar informações, trocar necessidades e negociar. Como o negociar de pousos e decolagens. Tal como navios e aviões negociam suas próximas escalas, por alguns mesmos motivos: de abastecimentos e manutenções; e para embarques e desembarques de mercadorias e passageiros. Navios e aviões que circulam em hidrovias e aerovias, com regras e obedecendo a critérios de navegação, aérea, marítima ou fluvial. Em breve poderemos ter o estabelecimento de rotas e regras para viagens siderais.

04/02/15
Entre Natal/RN e Parnamirm/RN

BR/BRA Palavras chaves: informação, conhecimento, comunicação. Komunikologia.
DE/DEU Suchbegriffe: Information, Wissen, Kommunikation. Kommunikologie.
ES/ESP Palabras clave: la información, el conocimiento, la comunicación. Kommunikologie.
FR/FRA Mots-clés: information, la connaissance, la communication. Kommunikologie.
IT/ITA Parole chiave: informazioni, la conoscenza, la comunicazione. Kommunikologie.
US/USA Keywords: information, knowledge, communication. Kommunikologie.

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