domingo, 28 de junho de 2015

HUG BUG! HUG BUG!



HUG BUG! HUG BUG!

Administradores públicos bugados comportam-se como computadores desorientados. Investem tudo na ideia importada, para classes elitizadas. Naquilo que apostam ser a ideia revolucionaria de seus mandatos, diante de seus eleitorados. Os povos engravatados, eleitos ou escolhidos, todos empacotados, todos iguais. Mas não foram buscar subsídios fundamentados, para seus argumentos, projetos e mandatos. Estão entusiasmados, ou talvez influenciados, o mais provável, com a possibilidade de um HUG no Nordeste (NE). Começam teleguiados pela estratégia dos organizadores políticos e intelectuais, os logísticos e estratégicos do HN (Hemisfério Norte). Com visões e noções direcionadas ao HS (Hemisfério Sul), a de provocar uma disputa entre os que podem, os que pretendem, e os que desejam sediar um HUG na América do Sul (AS), no HS, no Brasil (BRA), para fazer links aéreos, de velocidade e rapidez com o HN, para os EUA e a UEE. Escalas e trampolins, para cargas e passageiros, para os objetivos de terceiros, aqueles que se colocam como primeiros, denominando os outros como terceiros, em suas escalas de classificações dos povos, nações e países, descendentes de suas genealogias capitais e econômicas.

Ainda haverá muito o que fazer para implantar um HUG ideal. Um roteador de aviões e voos, o avião como transferência de informações, e de conhecimentos. Uma estrutura de excelência. Como por exemplo, a necessidade de uma infraestrutura aeroportuária e logística em terra. Como uma estrutura médica de urgência e emergência, para atender a possibilidade de um grande acidente, ou incidentes, com grandes aviões, com inúmeros passageiros, de dezenas a centenas de passageiros. Radares que possam acompanhar os aviões ao cruzarem a ITCZ, a zona de convergência intertropical, o equador climático do planeta, com posições variáveis. Lembrando o fato acontecido com o Air France. E também do Legacy com o avião da Gol (G3), no voo 1907. Enquanto o Brasil não tem condições de implantar estruturas de qualidade e excelência, fica sujeito a importação de mão de obra, tecnologias e equipamentos.

O objetivo da aviação é realizar voos e procedimentos, atividades com o risco zero. Tudo deve ser feito, previsto e calculado, para evitar e prevenir acidentes, sem BUG no sistema. E ainda que algo não aconteça como previsto, serviços de resgate devem estar sempre atentos e aptos a responder chamadas e pedidos de socorro em emergências, na terra, no mar e no ar. Devem estar aptos e prontos para chegar ao local do acidente, com objetivo de resgatar as vítimas sobreviventes. Com apoio logístico de leitos em ambulatórios, ambulâncias e hospitais. Vasculhar a área, para verificar vítimas vivas, e dar notícias aos parentes das vítimas falecidas. Remoção de mortos e feridos. Remoção de equipamentos que possam concluir as causas do acidente, contribuindo com informações de prevenções futuras, como por exemplo uma “caixa preta” que não é preta, para ser melhor identificada em meio aos destroços. QRU (Mensagem urgente); QRV (As suas ordens); QUS (Avistou os sobreviventes ou destroços?); QUT (O local do acidente já foi assinalado?). QSL (Compreendido?). OK (zero killer).

 

HUG BUG! HUG BUG!

Comitivas turísticas vão a outros países apresentar o país (BRA), tal como um dia os europeus levaram “exemplares indígenas” e “exemplares africanos”, para que a população da Europa pudesse ver aqueles espécimes enjaulados, e despertassem curiosidades e conhecimentos, sobre uma terra desconhecida, descoberta, e com densa mata. E se um dia levaram para a Europa cenas de um pais tropical com matas exuberantes, com animais selvagens, hoje levam imagens da natureza dominada, possibilitando a pratica de esportes, de hobbies criados em outros países. Levam a imagem de uma gastronomia praticada com animais exóticos, para ser acompanhada com vinhos escolhidos de suas melhores safras.

 

HUG BUG! HUG BUG!

Uma estratégia antiga usada na colonização. Europeus provocaram disputas e guerras, que levaram os nativos a tomar partidos, escolher um lado para defender e guerrear. E se havia paz entre eles, passou haver uma disputa, por produtos que nunca disputaram, caça e pesca; produtos animais, vegetais ou minerais: como terras e madeira, mais algumas pedras preciosas. Madeiras, minerais, vegetais e animais, que não eram vistos como mercadoria. Não havia a necessidade de obter e vender, para gerar um lucro. Não havia a necessidade de estocar produtos, e manipular preços no mercado. Viviam integrados e interagidos com a natureza, fazendo parte dela. Filhos da Terra e do Sol, amadrinhados pela Lua. Não conheciam o capitalismo inventado. “Quanto mais o homem se tornar homem, tanto mais ele estará as voltas com a necessidade, e com uma necessidade sempre mais explicita, mais requintada, mas faustosa de adorar”, Pierre Teilhard de Chardin in Bernard Sesé (Paulinas, 2005; original de 1997, em Paris).

Piratas e corsários; mercadores e mercenários. Produtos desejados e cobiçados pelos novos povos imigrantes. A invasão das saúvas europeias desbravando e dizimando matas, cavando buracos em busca de minerais. Invadiram sem uma guerra declarada, ocuparam um espaço. Foram se achegando e desembarcando. Espaços conquistados, e espaços deixados pelos índios que estavam ocupados, com seus afazeres. Hoje novos minerais surgem à tona, como a água do aquífero guarani, e o petróleo do pré-sal. Satélites observam as movimentações, populacionais e atmosféricas, minerais e vegetais; manufaturadas e industrializadas.

Hoje os grupos LAN e TAM (Chile e Brasil – cobrindo oceano Pacífico e oceano Atlântico), voando juntas, denominadas agora por, LATAM, provoca uma disputa entre estados, capitais, e cidades, para sediar seu HUG. Enquanto isto o grupo Azul que comprou a TAP – Air Portugal, e já havia incorporado a TRIP, observa e cria suas estratégias para seu próximo HUG internacional. Duas empresas representantes do domínio português e espanhol (LAN e TAM). E outros dois conglomerados também representando as duas primeiras dominações; portugueses (Azul com TRIP e Air Portugal), e espanhóis (Avianca). O domínio por naus aéreas e marítimas, a nova navegação que um dia foi pelo mar, agora é pelo ar. Cada pais já teve suas naus e caravelas, agora eles têm Boeing e Airbus, com uma bandeira no ponto mais alto da aeronave. Mastros e lemes conduzem a uma nova terra, pelo mar e pelo ar, ao comando de um capitão e sua tripulação.

Grupos econômicos poderosos criam um BUG na cabeças dos políticos e administradores públicos, que os levam a pensar estar fazendo suas melhores escolhas, escolhendo pistas e aeroportos; portos e partidas, em um meio, já cheio de disputas e partidos politicados, todos bugados. As empresas aéreas, nas disputas simuladas já conseguiram redução do preço do QAV. Um voo UEE-EUA-UEE, poderia pousar apenas para reabastecer, sem deixar dólares, divisas e passageiros. Aviões intercontinentais já possuem mercadorias para vendas a bordo, um Free Shop aéreo. Cargas e descargas embarcam e desembarcam paletizadas, embaladas e invioladas. A necessidade intensa de órgãos fiscalizadores: federais, estaduais e municipais.

Com Lan e TAM (LATAM), todo o continente sul-americano estará coberto. Do HUG poderá se chegar a qualquer lugar da América do Sul. A estratégia de fazer acordo com quem conhece todos os caminhos de todo o território: terra, mar e ar, já fizeram o mesmo com os índios. E se TAM (Taxi Aéreos de Marília) ou TAM (Transporte Aéreo Meridionais), fica a dúvida de entender e saber quem são seus verdadeiros donos ou acionistas majoritários, levando-se em conta que seu idealizador e criador, da TAM (JJ), faleceu em um acidente de helicóptero. Não sabemos se é uma empresa 100% nacional ou criada por conglomerados internacionais. A Varig (RG), a empresa aérea brasileira com reconhecimento internacional já não existe mais, foi capitalizada pela GOL (G3) e pala TAP (TP), cada uma com uma parte. Um dia a Varig capitalizou a Panair do Brasil, incorporou a Cruzeiro e a Transbrasil, tudo foi resumido em um gol (G3), no antigo país do futebol. E tantas outras ficaram pelo caminho, ficaram a ver navios.

Quando aconteceu a falência da Panair (ligada a um grupo americano), a Varig já tinha aviões prontos para decolar e cobrir as rotas da empresa declarada como falida. Fato semelhante aconteceu com a falência da Varig. A Gol e a TAM assumiram rotas e aviões. O que acontece dentro da cabine do avião e do governo, passageiros e cidadãos não tomam conhecimento. Só lhes resta ficar sentado e obedecer ao comando de apertar os cintos, quando o momento requer cautela e precisão nos procedimentos de pouso ou decolagem, do avião e do pais. Com a promessa e os votos de uma boa viagem, agradecendo a escolha da companhia e dos governantes. O serviço de bordo pode ser oferecido ou não, escasso ou farto, dependendo da classe, e do tempo de voo. Os que ficam em terra tem que se satisfazer em ver o avião e o pais voar, pousar e decolar, com direito a manutenções periódicas, de tempo de vida e horas de voos. E assim voltamos às urnas periodicamente, para trocar as peças do jogo.

 

HUG BUG! HUG BUG!

O turismo vem sendo apresentado como a última inovação, a ideia milagrosa e mirabolante, com uma possível base, em São Gonçalo do Amarante/RN. Terra de batalhas e massacres registrados na história. Com curvas chamadas de curvas da morte nos seus acessos e caminhos. Município com origem na época de invasões e ocupações, imposições militares, culturais e religiosas; com necessidades e desejos políticos e comerciais.

Estratégias para que grupos ligados ao transporte aéreo e aeronáutico possam chegar mais rápido de suas origens aos seus destinos, com seus passageiros embarcados, formados de exploradores e desbravadores. Começaram com barcos a velas e as grandes navegações, e eram chamados de brasileiros, pois se dirigiam ao Brasil com uma atividade, uma profissão, a de ser um brasileiro, para explorar as riquezas do Brasil. Hoje praticam uma navegação aérea com grandes naus voadoras. Mostram o turismo como uma tábua de salvação para Natal (NAT), Fortaleza (FTZ), ou Recife (REC); para o RN, para o CE, ou para PE; para o Nordeste (NE), e para o Brasil (BRA). Fizeram uma catequese na religião, queriam mostrar convencer com sua religião e seus rituais, com copos e taças. Agora catequisam o anfitrião com o turismo, com estratégias de convencimento que é preciso cada vez mais conhecer seus idiomas, seus comportamentos e seus gostos, seus rituais atuais, com copos e taças.

Um piloto precisa enxergar a quilômetros de distância, antes de algo acontecer. Aeroportos são controlados e observados por radares e satélites. Enxergam de longe e antes do que possa acontecer. Voam tal como um Anhanguera, o pássaro temido pelos índios. A nova posição estratégica do Brasil no Mundo. Um HUG próximo à linha do Equador. Entre Alcântara/MA e Parnamirim/RN, entre duas bases de lançamento de foguetes. Um ponto próximo à Natal/RN, que um dia foi denominado como Trampolim da Vitória. A cidade das invasões e do renascimento, a cada invasão ou ocupação. As menores distancias entre os continentes: Europa e África.

 

HUG BUG! HUG BUG!

Administradores devem voltar aos bancos das escolas, frequentar livrarias e bibliotecas, e pesquisar quando começa o turismo. Aprender a lição de casa, fazer suas tarefas. Devem andar pelas ruas e conversar com pessoas. Há um conhecimento nas ruas, inscrito e escrito em ruas e calçadas das cidades. Viajam às custas do dinheiro público e não aprendem nada. Desejam apenas viajar mais, comer mais, e ganhar mais. Com shoppings particulares, podem querer aeroportos particulares. Para depois se esconderem em gabinetes hermeticamente fechados, as suas Lan houses particulares e linkadas, não se sabe com onde e com quem. Evitam as ruas onde podem ser reconhecidos, como meros coadjuvantes de programas e flashes televisionados.

O turismo é uma atividade pré-histórica. Quando o homem primitivo já procurava outros lugares, novas paisagens e novos alimentos. Vikings e fenícios já dominaram os mares. Daí então fizeram novas descobertas, conquistaram novos habitats, atribuíram valores ao que era difícil de encontrar. O turismo evoluiu. De viagens turísticas, criaram-se as viagens de comércio. Aos que não tinham como conhecer e viajar, restou o querer e o pagar. Criaram disputas bélicas pelo poder de algo, minimamente a terra e o fogo. Fizeram guerras pelo poder do fogo. Fizeram guerras com o fogo, petardos com pólvora e minerais.

O turismo é um modo hábil e pacifico de invadir, ocupar e explorar. Com um conhecimento anterior, chegam e observam tudo, tiram conclusões. Sem batalhas conquista-se vistos e direitos. Com riquezas descobertas pode-se criar disputas e guerras, primeiro as guerras comerciais, podendo chegar a uma disputa bélica, por terras, produtos e serviços. A Inglaterra promoveu a Guerra do Paraguai incitando o Brasil, a Argentina e o Uruguai contra o Paraguai, beneficiando-se do resultado.

                                                               

HUG BUG! HUG BUG!

Os índios no Brasil, sempre praticaram um turismo, mudando de paisagem quando já não era possível encontrar os alimentos que precisavam ou desejavam. Bem como a procura de fibras e argila para construir as suas práxis, de transformar produtos oferecidos pela natureza em produtos que facilitavam suas vidas, o homo faber. Como cestas para transportar coisas, e canoas para cruzar e navegar em rios, e em mares de aguas calmas, remando aos ritmos de sons produzidos: Hug bug, Hug bug.

O hit do momento é a disputa de um HUG. Um HUG que se diz, trará turistas e riquezas, e salvará o Brasil da pobreza. A eterna mendicância e dependência do Brasil diante os países autodenominados como desenvolvidos. Denominações por eles criadas, a partir de um direcionamento, o norteamento. O olhar para cima, olhar para o norte, onde eles estão localizados.

Em debates, audiências e seminários, admite-se e defende-se o turismo como solução para chegar a um desenvolvimento. A eterna busca desde 1500. E confessam diante do povo que para chegar ao determinado desenvolvimento citado, é necessário a capacitação. Uma capacitação que está direcionada e controlada pelos países onde se entende que dominam e controlam um conhecimento. Colonizadores afirmaram que os índios não eram civilizados e precisavam ser catequizados. Ensinaram apenas uma oração. Esconderam o verdadeiro significado, o conhecimento. E assim continuam, transferem apenas poucas informações, pouco ou nenhum conhecimento.

 

HUG BUG! HUG BUG!

O que vemos é ABSOLUTISMO LEGISLATIVO, a ideia de que um grupo de legisladores tem um conhecimento e um poder. E tambem devia ser considerado crime, assediando a população com as suas ideias, seus factóides. Colocam-se em posições privilegiadas e disponibilizam cadeiras para serem assistidos e aplaudidos. O  ministro do turismo esteve em Natal/RN, e citou o seu conhecimento. Um homem viajado que teve oportunidade de conhecer o mundo, tendo a capacidade de transformar o tal Brasil encontrado, tal qual desejam os chamados de turistas, que aqui deverão desembarcar. Embarques e desembarques que sempre fizeram parte da nossa história. Sem vistoriar suas bagagens.

 

HUG BUG! HUG BUG!

Turistas deixam apenas o que podem deixar, não mais que isto. Algum dinheiro que tem no bolso, e o que tem na barriga, um pouco do que tem na cabeça. Deixam algumas moedas e excrementos, pilhagens, e destruição. Subtração de minerais e reservas vegetais. Devoram banquetes e deixam farelos sobre a mesa. A história do Brasil já mostrou isto. Com malas cheias de dinheiro e ideias na cabeça, eles chegam. E não voltam de malas e cabeças vazias. O turismo é efêmero, é apenas um momento, é passageiro.

Cifras de bilhões foram publicadas, na mídia impressa, como valores a investir. Cifras que estão longe da imaginação da maioria das pessoas. Cifras que não mostram exatamente de onde vir, e como vir, onde e como serão aplicadas. E são difíceis de serem acompanhadas, conferidas e confiscadas. Se serão aplicadas em uma casinha simples de taipa, desenhada por um arquiteto super-hiper renomado e internacionalizado; ou aplicadas em superestruturas de concreto superfaturadas.

 

HUG BUG! HUG BUG!

Na entrada do porto de Natal/RN, na foz do Rio Potengi, ainda há vestígios de povos presentes ali em outras eras e épocas. A começar pelo cemitério dos ingleses, uma época que todo estrangeiro era chamado de inglês. Marcas de presenças holandesas e portuguesas, no Forte dos Reis Magos. A presença dos americanos na Rampa, onde existe um museu em construção ou ainda inacabado, ou destruído. Barcos orientais apreendidos, estão esquecidos junto ao porto. Navios velhos doados depois da Segunda Guerra, estão ali fundeados. O Passo da Pátria, onde ali um dia um passo foi dado. Subindo o Rio Potengi chega-se a São Gonçalo do Amarante. Talvez botijas, eles os invasores, tenham deixado enterradas, e estão voltando para buscar, e agora voltam de avião.

Há ideias, estudos e projetos para ampliação do porto de Natal, com a ocupação da margem oposta, junto a Zona Norte da Cidade de Natal. Um porto que atualmente funciona sem demanda de importações e exportações. Importa-se talvez trigo, que sempre foi importado. Exportam-se frutas produzidas no interior do estado à custa do uso de muita água, que não é incorporada aos custos da produção. O agronegócio direcionado a exportação, sem se importar com a destruição.

Um porto sem logística e sem infraestrutura externa de movimentação de cargas e mercadorias. Sem infraestrutura rodoviária ou ferroviária. Um porto que antes de terminar seus estudos e projetos, para idealizar e construir, demonstra um querer ser maior que o porto de Santos/SP, que ocupa duas margens.

Lembrando Slavoj Zizek no título de seu livro “Primeiro como tragédia, depois como farsa”. Primeiro eles chegam com uma tragédia anunciada, depois percebemos que é uma farsa. E assim foi com os nativos recém descobertos, e não catequisados até aquele momento. E assim tem sido até os dias de hoje, com ideias, guerras e tecnologias.

O som talvez produzido por indígenas e os denominados povos primitivos, soa no presente daqueles que dominam um poder, com seus arcos e suas flechas, suas zarabatanas, seus tacapes de papel, seus diplomas e seus títulos, de mestres e doutores, de títulos legislativos. Com títulos e diplomas enrolados em canudos, um som ecoa em suas cabeças.  HUG BUG! HUG BUG! Hug, bug; hug, bug; hug, bug ...

 

Textos disponível em:


 

PDF 412

BRA - RN, 28/06/15

Roberto Cardoso (Maracajá)

Desenvolvedor e Pesquisador de Komunikologia.

Jornalista Científico (FAPERN/UFRN/CNPQ)

Reiki Master & Karuna Reiki Master

 

 

Textos relacionados:

 

O velho truque da dominação simbólica


 

O avião como transmissão de conhecimento


 

Outros Textos:


 

 

domingo, 21 de junho de 2015

Enfermagem e komunikologia (*)


Enfermagem e komunikologia (*)

 

 Texto publicado em:

(*) Texto publicado originalmente em mídia impressa: Informática em Revista, página 12. Ano 8 – N°89 – Dezembro/2013 – Natal/RN. 
 
Enfermagem e komunikologia (*)
 
A enfermagem tem predominância histórica com a presença feminina, participando e construindo na arte do cuidar. Em ambulatórios, consultórios e hospitais é comum a imagem ou foto de uma enfermeira em um gesto, solicitando silencio aos que aguardam atendimento. Começa aqui a komunicologia na enfermagem, onde uma mensagem é transmitida sem verbalizar, apenas uma imagem, e um gesto transmitem uma informação, um comportamento solicitado e necessário ao ambiente.
O símbolo da enfermagem brasileira é Anna Nery (1814 – 1880), voluntaria na Guerra do Paraguai, dando nomes a um museu e escolas de enfermagem, como a EEAN/UFRJ e mais outras espalhadas pelo país, e o MuNEAN -  Museu Nacional de Enfermagem Anna Nery. 
Visões e missões, administrativas e profissionais, estratégicas e de qualidade, levaram a formação de um modelo profissional referencial, baseado em um ícone nacional, a enfermeira PAN – Padrão Anna Nery. Ao mesmo tempo o modelo de enfermagem moderna brasileira está calcado nos modelos construídos por Florence Nightingale (Florença, 1820 - Londres, 1910). 
Florence foi uma mulher de ideias, ideais e comportamentos avançados para sua época. Em práticas, desenvolveu técnicas e teorias do cuidado, a partir de sua participação voluntária na Guerra da Criméia (1854-1856), usando suas intuições e conhecimentos ao cuidar de feridos. Partiu do princípio de ambientes arejados, iluminados e limpos, saudáveis. Um misto e místico entre ciência e bom senso, uma visão holística. Criando-se a partir de então, o modelo Nightingale, que foi implantado na Inglaterra migrando para os EUA. Depois implantado no Brasil por enfermeiras norte-americanas, em missões de cooperação e acordos governamentais.
O corpo humano tem seus sinais para comunicação, quando algo não vai bem, o corpo emite um sinal: um mal-estar, uma dor, um suor frio, uma palpitação, ou uma alteração de temperatura. A equipe de enfermagem está presente em ambulatórios e hospitais, atendendo acomodações individuais ou coletivas, ou mesmo particulares (Home Care).
Em hospitais há postos de enfermagem, formado por auxiliares e técnicos, e administrados por uma enfermeira chefe, funcionando dia e noite, para atender e cuidar de pacientes. Grandes hospitais possuem um posto de enfermagem a cada andar de internação. Ao necessitar de algo (paciente ou acompanhante), é um membro da equipe, o primeiro a chegar ao quarto ou leito hospitalar. Por estas razões a equipe de enfermagem deve estar apta a interpretar os sinais que o corpo emite. A comunicação do organismo com o meio exterior. 
Os primeiros sinais a serem identificados em um paciente, são os sinais vitais, como temperatura (T), frequência cardíaca (FC) e frequência respiratória (FR), e a aparência geral do paciente. O pulso, a respiração, a sensação térmica, o tônus musculares e observação da esclera são alguns elementos com verificação visual, táctil e auditiva.
Termômetros, “esfigs” e “estetos”, aparelhos que a enfermagem está preparada a utilizar, e mensurar parâmetros vitais. Aparelhos e instrumentos não invasivos, abordando questões de ética e bioética. 
Outras atividades ainda são exercidas pela enfermagem como analises de curvas glicêmicas, verificação de referenciais hematológicos e balanços hídricos. Mudanças de decúbitos, posologias e outras atividades médico-hospitalares, na busca de entender significados. Como paramédicos fazem extricações, remoções e desencarceramentos. Análises, verificações e ações em busca de soluções, aos sinais que o corpo emite. 
(*) Texto publicado originalmente em mídia impressa: Informática em Revista, página 12. Ano 8 – N°89 – Dezembro/2013 – Natal/RN.  
Dando sequência ao tema komunikologia, a transferência de uma informação ou um conhecimento, de maneira sintética e precisa. Muitas das informações estão presentes em ruas e calçadas. Um conhecimento que circula pelas ruas.
Entre Natal/RN e Parnamirim/RN, 21 de junho de 2015
 Roberto Cardoso (Maracajá)
ü  Colunista em Informática em Revista  
ü  PREMIO DESTAQUES DO MERCADO na categoria Colunista em Informática – 2013.
ü  PREMIO DESTAQUES DO MERCADO na categoria Colunista em Informática – 2014.
ü  Desenvolvedor de Komunikologia.
Texto publicado em:
 
 
PDF 408
 
 
 
Outros textos sobre o tema komunikologia
Komunikologia I
Komunikologia II
Komunikologia em Odontologia
Uma Komunikologia no militarismo
Komunikologia dos alimentos
Komunikologia em segurança publica
Komunikologia em farmacologia

http://www.publikador.com/saude/maracaja/2014/08/komunicologia-em-farmacologia-kf1/

 
 
 
 
 
 
 
 

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Heranças e lembranças da corte


 
 
Heranças e lembranças da corte
Heranças e lembranças da corte, um case analisado a partir da Cidade de/do Natal/RN. Alguns utilizam “de”, outros utilizam “do”, e já começa uma indecisão, uma falta de vocação. Natal já foi ocupada por uma diversidade de povos com culturas diferentes e diferenciadas, o que não facilitou a criação de uma identidade, devido a pluralidade de interferências e participações. Aqui uma microanálise para o entendimento de um macro analise regional e nacional. O RN é uma terra de rosados e numerados.

Presenças e ausências históricas, ficaram registradas até hoje nas margens do Rio Potengi. Do forte na divisa com o mar, à ponte velha, do Passo da Pátria à Praia da Redinha. Natal na esquina de um continente, uma esquina de um grande rio com o mar. A repetição de lugares com aguas calmas e protegidas, procurados pelos antigos navegadores, que se estabeleceram em rios grandes, no Norte (RN) e no Sul (RS). Ficando um intermediário (RJ).

Natal/RN antes de ser considerada um povoado, uma vila, ou uma cidade, era ocupada por índios. Assim nos conta a história, dos que se denominaram descobridores, deixando relatos escritos em papeis timbrados, reconhecidos e autorizados pelas suas cortes, com o alvará da Igreja de Roma. Como navegadores e descobridores, descreveram os fatos pelos seus pontos de vista. Como vencedores de batalhas, ocupações e invasões, deixaram uma história a partir de seus pontos de vistas, ignorando a versão ou as suplicas dos perdedores. Como perdedores em algumas batalhas e conflitos, tornaram-se mártires e vítimas.

Depois que chegaram os portugueses com suas comitivas religiosas e governantes, para instalar edificações e estratégias, colonizadoras, habitacionais, religiosas e bélicas; com regras e normas políticas, bélicas e religiosas, outros povos chegaram para disputar e ocupar o território, explorar vegetais e minerais. Mas precisavam de mão de obra, e quem os guiasse na terra cheia de matas e mistérios. No sec. XV começa a surgir o modelo capitalista, onde o maior objetivo é obter o lucro. E a estratégia de mão de obra barata é subestimar e diminuir a importância e a intelectualidade, de povos e raças. Os que não trabalhavam pelo argumento, foram direcionados a um confinamento.

E os índios, os povos nativos foram obrigados a tomar partidos, para defender suas vidas e suas terras, e escolher um lado, tiveram que escolher entre os colonizadores e os invasores. Entre os que se mostravam amigos ou inimigos. Disputas entre povos europeus criaram desarticulações e divisões entre os índios, os donos da terra. Donos sem títulos de propriedades registrados, com tribos diversas e espalhadas, mas interagidos e participantes de um meio ambiente, um elo da cadeia arqueológica e biológica, fazendo parte do bioma. O índio, o ser humano, os seres viventes, como parte integrante da terra. De bom grado o índio recebeu aqueles chegantes cheios de roupas e costumes diferentes. O bem receber e acolher, ainda fazem parte da cultura e comportamento do povo brasileiro.

Na guerra cultural prevaleceu hábitos e costumes do povo autodenominado civilizado, que já possuía uma fala, uma escrita e onde escrever. Com papeis timbrados e envelopes lacrados, podiam transferir ideias e informações para locais distantes. Com a carta de Pero Vaz de Caminha, criaram uma certidão de nascimento do Mundo Novo perante o Velho Mundo. Estabeleceram seus marcos de posse ao desembarcar, com discursos e rezas.

No século passado, em nome da guerra e da paz mundial, um acordo foi assinado, e Natal recebeu o título ilustrativo de Trampolim da Vitória. Ficou uma cidade importante com títulos de mestrado e doutorado, um título recebido pelo empenho de uma causa, a guerra. Fez mestrado na Primeira Guerra, sendo escala de correio aéreo postal; e doutorado na Segunda Guerra. Serviu de trampolim, serviu de ombros de Newton, para que outros pudessem subir e enxergar mais longe. Agora quer fazer um pós-doc em transporte internacional, com portos e aeroportos, cargas e passageiros, participar da logística intercontinental. Títulos honorários e visionários. Precisa arcar com valores, custos e tarifas: CIF e C&F. Renunciar arrecadações para beneficiar o QAV, que queima recursos e oxigênio, das altas camadas atmosféricas. Novos exploradores precisam de um local para chegar e desembarcar, têm algo novo para explorar: água e pré-sal. Precisam de viagens que proporcionem uma menor distância. Os ventos já não servem às caravelas, movimentam os moinhos em terra.

Todos os níveis legislativos e administrativos querem dar palpites e pitacos. Dos vereadores aos senadores, do prefeito ao ministro. Como urubus, aproveitam as correntes quentes para chegar mais alto, na tentativa de disputar um espaço, com as águias que já avistaram tudo de longe, e aguardam uma pista livre para pousar. Depois da Segunda Guerra, restou um ninho de águias em Parnamirim Feeld. Satélites cuidaram do ninho.

 

Rei Henrique em Natal.

O rei Henrique esteve em Natal para apresentar problemas e soluções. Chegou com tudo pronto. Criou seus problemas e apresentou suas próprias soluções para serem aplaudidas e aclamadas. Comportou-se e fez discurso como os componentes de assembleias e câmaras, senados e senadinhos.. Mostrou-se disposto a viajar o mundo em busca de soluções para Natal e RN. Não entende que se os problemas estão aqui, as soluções também devem estar aqui. Ideias e soluções foram apresentadas, pela plateia, para serem apreciadas e evoluídas. Se o poder e a cultura emana do povo, as soluções também emanam do povo, e devem ser escutadas e analisadas. Uma casa de senhores excelentíssimos e ilustríssimos deve apresentar ideias e soluções excelentíssimas e ilustríssimas.

(R.C. in FB)

Assembleias, câmaras e senados, e mais outras casas denominadas como sendo do povo, casas augustas como dizem seus ocupantes. Estas guardam lembranças das cortes dos reis e rainhas, príncipes e princesas. Com uma taça de água em substituição às taças de vinho, servidas por um Lord impecável. A água contida em uma taça, utensilio simbólico da riqueza e da nobreza, o utensilio do simbolismo pascal, contendo o líquido de onde surge a vida. A água contida na taça como uma mensagem oculta e simbólica, respaldada pelo argumento cientifico de amenizar as cordas vocais, dos que falam muito e dos que não falam, mas precisam molhar a garganta, para não engolir tudo à seco.

Augustos têm suas falas protegidas pelas condições conquistada por sufrágios universais. E uma plateia presente para aplaudir e aclamar, seus discursos inflamados de amores e poderes pátrios, e regionais. A plateia apenas ouve, e por vezes por trás de um vidro, a divisa invisível e simbólica entre as partes, da corte e da plebe. Não há condições de manifestação. Caso contrário, podem ser convidados a se retirar. Ameaças verbais aos nobres ilustríssimos e excelentíssimos serão contidas por vigilantes atentos. Diante de microfones lamentam suas noites perdidas, e seus feriados não aproveitados, em prol de leis que protegem seus bolsos, seus cargos e salários. Discutem suas criações, que antes já estavam criadas. Seguem seus rituais federais, estaduais e municipais.

Por vezes proferem falas em discursos internos, assembleias importantes e renomadas, sem ao menos a presença de todos seus colegas de pasta, para ouvir e aplaudir. Enquanto se vive do lado de fora um pais de cotas, dentro das assembleias discute-se pautas de costas, para a mesa diretora dos trabalhos, com um presidente zapeando e disfarçando suas comunicações com o meio exterior. Não se sabe se dá ordens para a empregada, sobre o que deseja quer comer no jantar, ou se pede a benção e orientação de seus financiadores.

Em assembleias públicas, os parlamentares têm seus lugares reservados e assegurados. Com cadeiras diferentes, com encostos maiores ou menores, estas destacam seus poderes e lugares. Sentados em cadeiras confortáveis com direito a agua fresca e cafezinho, e algumas conversas ao pé do ouvido. Com um público cheio de expressões, de admirações de seus candidatos eleitos e escolhidos, por reis e leis de poderes maiores.

Um público presente sem direito a serviço de cafezinho e agua gelada, deve ouvir tudo de garganta seca e boca calada. Os destaques têm seus poderes em orbitas federais, estaduais e municipais. E como elétrons circulantes em orbitas menores procuram oportunidades de mudarem para orbitas mais elevadas. Com orbitas que possam determinar mais poderes adquiridos e possibilidades de sublimações e evaporações das ruas e das calçadas. No planalto central já pensam em um shopping, querem investir na área comercial. Em uma sociedade liquida que vivemos, são líquidos imiscíveis, não se misturam com o povo. Ficam como azeite sobre a água, azeites nobres e importados de safras escolhidas, com olivas colhidas em noite de luar, senhores de safra limitada e reservada.

E os comportamentos dos ilustríssimos e excelentíssimos, os herdeiros de coroas imaginarias deixadas por portugueses, holandeses e franceses. Acreditam ser donos de todos os mares como pensavam os ingleses. Comportamentos das cortes são refletidos em suas audiências públicas. Com reflexos maiores na cidade. Não produzem resultados excelentíssimos e ilustríssimos. Muitos não lustraram bancos escolares, e agora tentam lustrar poltronas protocolares. Não praticam uma gestão da qualidade, não praticam um PDCA. Com a pose de Pilatos aprovam leis e lavam as mãos. Não participam de um conhecimento contido nas ruas. O espaço público, aberto ou fechado, também tem uma linguagem comunicacional (Komunokologia). O que não está nas lousas e nas carteiras escolares, deverá estar contido em ruas e calçadas.

Não cabe a comparação que títulos e diplomas possam ou devam conferir saberes e conhecimentos. Mas viveres e afazeres, vivencias e convivências conferem conhecimentos. Os alunos estão cada vez mais distantes de universidades e faculdades. As convivências universitárias estão afastadas da educação. Agora a educação é à distância (EaD). Tal como o legisladores e administradores públicos, sempre a distância. Inalcançáveis, bloqueados por protocolos e recepções, recepcionistas, secretários e secretarias. Eternamente agendados e ocupados. Reuniões e encontros emergenciais, privatizam suas agendas e mandatos para fugir dos gabinetes. Com ternos e gravatas ficam iguais.

Em audiências públicas enquanto uma minoria escolhida tem lugares de destaque diante da plateia, com serviço de cafezinho e agua fresca, ainda que estejam ali como figurantes de uma peça teatral encenada. A plateia representante do povo assiste ao espetáculo disputando lugares entre as mínimas quantidades de cadeiras para suportar o povo sentado. Outros sem acesso ao teatro se conformam em ficar de pé, ficar nos corredores internos, corredores externos, ou talvez assistindo em uma TV em transmissão ao vivo de um canal televisivo ali instalado. O reflexo do povo nas ruas, em uma pequena sala enclausurada. De uma confusão e desconforto no plenário, é possível imaginar a cidade lá fora.  Com a possibilidade de uma fala da plateia, surge a dúvida se será anotada.

O mito da caverna de Platão. Em audiências públicas projetam imagens e sombras na tela, para imaginar e citar o que acontece lá fora. Imagens e sombras, podem ter diversas interpretações, para quem acredita em anjos e para quem acredita em assombrações. Do espaço micro avalia-se e estima-se o macro. Assim trabalha a ciência, e assim devem trabalhar os que defendem a ciência, com três Fs: foco, força e fé. Se os números falam e estão no gráfico futuro, eles vão acontecer! E se não acontecer, alguém tem que cobrar. Alguém tem que pagar por um plano mal estruturado, por falhas de desenvolvimento e planejamento.

A cidade de Natal/RN, como um ser vivo, formado de pessoas com características comportamentais, mostra ao mundo e aos turistas, tudo que supõe ser e deseja ser: mar, serra e sertão; tecnologia e inovação. A Barreira do Inferno, uma base de lançamento de foguetes e o maior cajueiro do mundo localizado em Natal. Enquanto ambos fazem parte da cidade vizinha à Natal, Parnamirim/RN. O passeio de bugre sobre dunas de areia fixas e móveis, e o passeio de camelo anunciado como em Natal, fica em outra cidade, na Genipabu de Extremoz. Praia de Pipa, uma praia com características da cidade de Búzios/RJ, com presença de turistas estrangeiros, gastronomia, e artistas, seguindo uma estratégia de Paraty/RJ com feiras artísticas e literárias, também não fica localizada em Natal, mas em Tibau do Sul/RN. São Miguel do Gostoso, e mais tantas outras cidades ou atrativos turísticos podem surgir anunciados como Natal. Natal a capital do RN, enxerga as cidades do RN, como seus distritos e sucursais. Destaca suas praias, mas não dizem o município. Falam do milagre, mas não falam do santo. Tal como os catequistas colonizadores, falavam da religião, convertiam, mas não ensinavam as orações.

Aa cidades são um conjunto de pessoas que desenvolvem um comportamento, passando a gerações e população futuras. Sem, no entanto, perceberem suas falhas, seus erros e seus acertos. Não é um atributo exclusivo de Natal. E se ao longo de sua história foi ocupada e dominada, compreende-se que perpetue seu comportamento. Tal como a Batalha na Avenida Roberto Freire, onde hoje portugueses e holandeses travam uma batalha educacional, repetindo ações e arengas passadas. Visões de um mundo holístico, sem descartar o heurístico.

Depois de tantas invasões e ocupações. Tantas presenças e culturas em Natal, a cidade não criou uma identidade, mas uma diversidade. E assim é possível ver e entender o comportamento da cidade de Natal, ocupada por povos diversos, comportando-se como se comportam os colonizadores: donos da Amazônia, donos do pré-sal, donos dos minerais. Donos de tudo que possa ser produzido e explorado. Hoje provocam batalhas econômicas e desenvolvimentistas internas, as disputas de PACs, portos e aeroportos, para receber os eternos descobridores e colonizadores. Em outras épocas já levaram inúmeros navios cheios de areia, hoje levam sal. (?).

Disputas de segurança e ambulância; disputas de espaços para viver e circular. A maioria dos nativos atuais já possuem seus pedaços de espelho, tal como receberam no descobrimento. — As lembrancinhas que os descobridores trouxeram, cacos de espelhos quebrados. — Mas agora tem que pagar. Agora são espelhos de grife com marcas importadas. Um espelho que é possível se observar, ver-se como os outros o vêm na internet, ou no zap-zap, com imagens e mensagens. Os que possuem um espelho com tecnologia, estão sempre aguardando os novos lançamentos que o povo de cima já está cansado de usar. E o povo de cima, no Hemisfério Norte, quando não quiser mais o brinquedo velho, lança pela janela (televisões e computadores) para o povo de baixo, no Hemisfério Sul, pegar. E ainda tem que pagar, para obter e usar, conectar e linkar.

 

RN, 17/06/15

Roberto Cardoso

Desenvolvedor de Komunikologia.
IHGRH – Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Note.
INRG – Instituto Norte-rio-grandense de Genealogia.
Jornalista Científico (FAPERN/UFRN/CNPQ)
Reiki Master & Karuna Reiki Master
 

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Texto disponível originalmente em:
http://www.publikador.com/economia/maracaja/2015/06/herancas-e-lembrancas-da-corte/