domingo, 23 de agosto de 2015

As disputas entre Sidartas e Mungubas


As disputas entre Sidartas e Mungubas  

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Coletânea de artigos sobre o tema de neurociências, publicados no período de 08/07/13 a 29/07/13, no Jornal de Hoje – Natal/RN
 
 
 
PARTE 1 (08/07/13)
Pouco se sabe sobre a formação do Brasil, sob o ponto de vista da arqueologia e das questões dos arquétipos que influenciaram os primeiros habitantes do continente sul-americano. Questões que nortearam a evolução dos antigos habitantes aos atuais personagens sociais brasileiros, sob o ponto de vista histórico, geográfico e cultural, miscigenados com outros povos e outras culturas ao longo de suas histórias. Hoje ainda sabemos muito pouco sob um ponto de vista até mesmo geológico e ancestral, que possa ter influenciado os povos primitivos do continente.
Sabemos mais a história dos colonizadores que saíram da península Ibérica com a intenção de descobrir novas terras, ou não. Poderiam apenas estar mesmo buscando um outro caminho para as Índias, e terem chegado aqui ao acaso, e os índios os terem resgatado de suas naus à deriva, ou encalhadas. Aprendemos e estudamos pela história narrada e descrita oficialmente.
Alguns estudiosos defendem a tese de que Portugal e/ou Espanha, já tinham ou teriam conhecimento da existência de novas terras, vide tratado de Tordesilhas assinado em 1494, dividindo as novas terras descobertas e a descobrir, dividindo o mundo em duas metades, duas partes, entre portugueses e espanhóis, antes de outras novas descobertas. 
A história nos levou a enxergar, pesquisar e a conhecer um continente influenciado por hábitos e costumes ibéricos. Um continente em que descobridores desejaram explorar, desprezando suas histórias e costumes. Inconscientemente o brasileiro sempre se comportou como uma colônia de outrem, mesmo depois de ter rompido com Portugal, tornando-se independente. Por outro lado, os colonizadores se importavam com aquilo que eles poderiam exportar para suas terras. 
Devido ao ponto de vista do Brasil ser descoberto, depois ser colonizado e mais tarde com imigrações diversas, muitos hábitos foram incorporados a uma nova cultura, e formando novas culturas, até chegar a atual. Por nem tudo poder ser esquecido e desprezado, portugueses, índios e negros deixaram suas marcas e influências
Com pesquisas feitas pelo antropólogo brasileiro Darcy Ribeiro (1922 – 1997), que pesquisou hábitos e costumes dos índios encontrados, ainda que algumas tribos estejam extintas, vai-se construindo saberes arquétipos e arqueológicos, não só pelos hábitos de algumas tribos estudadas, mas também sobre marcas, utensílios e inscrições encontradas.
Uma nova ciência pesquisa e tenta construir este conhecimento passado, a neurociência, que é formada por um conjunto de conhecimentos, buscando e dando respostas neurológicas do presente e do passado. A história está impressa no DNA.
A neurociência é considerada como uma disciplina multidisciplinar, engloba diversas outras ciências e conhecimentos, como a biologia, a psicologia, e a eletricidade. E outros estudos de comportamentos e questões abstratas, como memória, personalidade e humor. Um conjunto de ciências exatas, humanas e biomédicas.
Entre insites e sinapses dois cérebros soltam faíscas a cada descoberta. Os neurônios sidartas e os neurônios mungubas vão fazendo novas conquistas nas neurociências e trazendo novos conhecimentos a uma nova ciência em uma disputa calorosa e promissora, uma disputa de ganhos bilaterais no conhecimento e dualidade cerebral. Não importa a polaridade ou o lóbulo, se é de esquerda ou de direita, positivo ou negativo, os dois lados ganham. 
Os principais neurônios das disputas dividem-se entre dois ícones das neurociências, dois cérebros famosos no RN, que vão se destacando no cenário nacional e internacional juntamente como ICe – Instituto do Cérebro onde Sidarta é diretor e Munguba é mestre. Dois neurocientistas, um natural do Distrito Federal, Sidarta Ribeiro enquanto Hermany Munguba é natural do Ceará. 
Natal - Parnamirim/RN ─ 07/07/2013
 PARTE 2 (15/07/13)
Navegadores ibéricos partiram da Europa com rumo em direção ao pôr do Sol, em naus e caravelas com uma enorme cruz estampada em suas velas. A cruz que partiu de Roma em direção ao ocidente, atravessou o continente europeu e lançou-se aos mares, em busca de novas terras e novos conhecimentos. Portugueses e espanhóis atravessaram os oceanos e chegaram aos novos continentes. Partiram do Hemisfério Norte onde a orientação noturna celeste era a Estrela Polar, uma estrela brilhante que indica a direção do ponto cardeal Norte. A história descreve os desembarques finais de Cabral e Colombo. 
Podemos hoje imaginar algo não descrito na história das navegações, algo que possa ter acontecido à bordo da nau de Pedro Alvares Cabral, e com sua esquadra. Supor que ao ultrapassarem a linha imaginária do equador avistarem no céu a constelação do Cruzeiro do Sul, e que provavelmente entenderam como um sinal de estar no caminho certo, visualizaram a que cruz indicava o caminho do Sul, que indicava a direção de seus objetivos, os caminhos de novas terras. Avistaram terras que as denominaram Ilha de Santa Cruz e terras de Vera Cruz (a cruz verdadeira). Descobriram novas terras, o termo descobrir refere-se a uma visão eurocêntrica, daquele momento da história, como se a Europa fosse o centro do mundo. Os portugueses desembarcaram e encontraram habitantes em um novo mundo, ou moradores, eles tinham suas moradas, e os denominaram de índios, talvez por achar que chegavam ás índias, e o denominativo de índios perpetua até hoje. Índios que supostamente não conheciam a forma de cruz estampada em um grande tecido, mas conheciam formas circulares só por observar o Sol e a Lua, que tinham como deuses, e ao observar a própria natureza que possui casos raros de linhas retas, a linha do horizonte é o mais evidente. Faziam uso dos arcos e das flechas, um arco que parece e lembra uma tênue Lua minguante, arcos que lançavam flechas, visualizadas e encontradas em vegetação nativa, como lanças na extremidade de alguns vegetais. O conhecimento se constrói pela observação.
O ser social sul-americano atual tem muitos arquétipos acumulados em sua mente e inscritos em seu DNA, alguns reconhecidos pela história, outros desconhecidos e adormecidos. 
Os neurônios de Sidarta e de Munguba entre flashes e insites precisam ter um conhecimento profundo da neuroanatomia humana e precisam ainda inicialmente ter conhecimentos amplos desde a embriologia humana até a anatomia geral do corpo humano. Em cada membro ou em cada órgão pode estar uma resposta ou uma pergunta a seus questionamentos. A partir do conhecimento de uma anatomia geral do corpo humano e uma anatomia cerebral cientistas das neurociências poderão inserir novos conhecimentos e realizar novos experimentos, um estudo baseado em estímulo e uma resposta. Fazendo pontes de conhecimento tal como a psicologia faz pontes articulando ideias e pensamentos, ensaios e comportamentos, chegando assim às suas conclusões.
Com a evolução da tecnologia a melhora dos alimentos e as descobertas de novas drogas, melhoria das condições habitacionais novos conceitos de saúde e novas doenças vão se redefinindo, novas patologias sociais vão sendo descobertas e definidas. O ser humano no início do pensamento científico entendia que era contaminado por miasmas, com o tempo descobriu que eram vírus e bactérias, agora se vê contaminado e contagiado por comportamentos.   
Natal - Parnamirim/RN ─ 14/07/2013
 PARTE 3 (23/07/13)
O arquétipo da cruz promoveu e desenvolveu o conhecimento, a ciência e a tecnologia. Naus capitaneadas partiram da Europa com mastros em forma de cruz e cruzes estampadas nas velas. A Igreja consentia o escravismo e autorizava a posse de novas terras descobertas, era a Igreja trabalhando junto com o poder real. Reis e reinados destinavam fundos à igreja e papados para obter benefícios no cemitério e no Céu. Os portugueses desembarcaram em solo brasileiro e logo que possível realizaram a primeira missa no Brasil, marcando a religiosidade e a posse da terra. Para atrair os índios à missa, distribuíram pequenas cruzes, estratégias de persuasão e de convencimento já chegavam ao Brasil junto com o descobrimento (euro centrismo). Um dia alguém se apropriou das estratégias de propaganda e denominou de marketing e merchandising, as ações de propaganda, dependendo da modalidade de estratégia de divulgação do produto ou serviço.
René Descartes baseou suas ideias em um gráfico de linhas perpendiculares formando uma cruz, intuiu que pensava e existia, sem determinar ou divulgar o que pensou. No início do século XX, um brasileiro foi ao velho mundo para estudar. E fez a cruz alçar voo, sair do chão com propulsão própria, enquanto americanos se elevaram aos céus através de uma catapulta. Hoje o brasileiro é reconhecido como inventor do avião, Alberto Santos Dumont.
Sidartas e mungubas, lobo direito e lobo esquerdo, hemisfério esquerdo (HE) ou direito (HD), com predominação de um ou de outro, não importa, as informações se cruzam, tal que o HE controla o lado direito do corpo e o HD controla o lado esquerdo do corpo, com impulsos elétricos e nervosos, os comandos e desmandos chegam ao nervo mais distal do cérebro.
Tico e Teco, sidartas e mungubas, não importa a definição de células neurais, ou um conjunto de células nervosas, muitas etapas ainda terão que ser ultrapassadas por Sidarta e Munguba para obter conclusões e confirmar por métodos científicos, em linguagem científica os dados considerados como aceitáveis, e comprováveis pelo olhar cientifico, o olhar cartesiano. Por fim depois de inúmeras descobertas ainda descobrirão que há muitas etapas a serem ultrapassadas. 
A ciência tem sido assim, pesquisas provocam descobertas de curas, descrições e comportamentos, e ainda provocam descobertas de que há muito mais a pesquisar. Tal como os estudos sanguíneos. A princípio o sangue foi classificado como positivo e negativo, a partir de pesquisas com macacos Rhesus, o que levou a classificar o sangue em fatores Rh positivo e Rh negativo (utilizando as letras Rh de Rhesus). Algum tempo mais tarde o sangue recebeu novas classificações: A, B, O e AB, onde eram apenas duas classificações, positivo e negativo, chegaram mais quatro classificações. A análise combinatória de dois e quatro formou oito variedades sanguíneas. Com o aprofundamento da hemodinâmica, veio a hemodiálise substituindo os rins que não funcionam por uma máquina extra corporal. Com as coletas e transfusões, do sangue foi separado as plaquetas e outros elementos, agora dependendo das necessidades de um paciente ele pode se utilizar de uma papa de hemácias ou outros componentes. Com o diabetes pesquisou-se e descobriu-se a Glicose que é medida no sangue. E com a obesidade determinou-se o colesterol que foi classificado de bom e de mal colesterol, de alta ou baixa densidade. LDL (nível de densidade baixa) e HDL (nível de densidade alta). Em uma análise de hemograma utiliza-se valores padrões determinados por pesquisas americanas baseadas em sua população, parâmetros que são utilizados e copiados pelo Brasil, já que não há por aqui um estudo tipológico de sangue da população brasileira. Outros elementos encontrados no sangue são pertinentes ao estudo da hemoterapia. Pesquisa requer tempo e investimento, para acompanhar resultados e estabelecer padrões. 
Parnamirim/RN ─ 21/07/2013
 
PARTE 4 (29/07/13)
Sidarta e Mungunba juntos com seus alunos de graduação, mestrandos e doutorandos, formam um instituto de pioneirismo em pesquisas de neurociências, que buscam uma evolução do homem e o bem-estar da humanidade. Precisam de apoio e investimento do MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia), para pesquisar em condições de igualdade com o MIT (Massachusetts Institute of Technology). O MIT já vem pesquisando e realizando a implantação de memórias com lembranças externas em cérebros de ratos.
Pesquisadores junto com Sidarta e Munguba pesquisam, analisam e associam comportamentos animais, e investigam onde eles possam se localizar e processar no cérebro. O cérebro é como um computador, com HD, seus pentes de memória e outros componentes elétricos e eletrônicos. O cérebro tal como um computador, é um armazenador e articulador das informações contidas. Os cinco sentidos do corpo humano funcionam como os inputs (entradas de informações). E os outputs (saídas de informações), são as ideias e as ações. 
Toda uma vida de conhecimentos, informações e comportamentos estão registradas lá, no cérebro, em algum lugar. As pesquisas em neurociências visam a responder as cinco perguntas, perguntas que nunca calam e nunca esquecemos: Quem? Por que? Onde? Quando? E como? As cinco perguntas e os cinco sentidos contados nos dedos, os cinco dedos de cada mão. Um número cabalístico, a soma do número dois (a dualidade) e do número três, o trio, (alma corpo e mente). O corpo promove perguntas e detém as respostas, cabe aos sidartas e mungumas observar, questionar e descobri-las, as pesquisas estão em suas mãos.  O corpo e o universo são holísticos, o pensamento do homem é heurístico.
A máquina desenvolvida pelo homem e chamada de computador, que utilizamos no dia a dia é construído e constituído de elementos minerais. O computador humano e do animal é composto de elementos biológicos que por sua vez contém elementos minerais.
Um corpo docente e discente junto com Sidarta e Munguba vem produzindo um grande volume de trabalhos científicos. Pesquisas que são divulgadas em jornais e revistas científicas, informações e conhecimentos destinados a um público especializado e interessado. A população leiga não tem como avaliar e dimensionar o pioneirismo e a profundidade das pesquisas. Resta apenas a opção e oportunidade de aguardar e um dia se beneficiar de avanços e descobertas. 
Sidarta e Munguba ainda terão muito o que pesquisar, lançar em gráficos e definir como científico. Para que a sociedade científica aceite como teoria, é preciso observar teorizar, testar e reatestar. Até encontrar mais dois novos caminhos a seguir, o direito ou o esquerdo o para cima ou para baixo, para frente ou para trás, o ying e o yang. 
A cruz indica quatro sentidos com duas direções, duas ligando o Céu e a Terra e as outras duas sobre o plano terrestre, definindo a linha do horizonte, aquela que foi feita por Deus para o homem visualizar e procurar ultrapassar. A cada duas direções pode surgir uma resultante. As caravelas descobridoras navegaram em direção ao horizonte para provar que o mundo não acabava ali, em um precipício como muitos imaginavam, e provaram. Quem não produz conhecimento produz uma práxis escatológica.  
Entre Natal e Parnamirim/RN ─ 28/07/2013      
 As disputas entre Sidartas e Mungubas    
Artigos publicados no Jornal de Hoje de Natal/RN
As disputas entre Sidartas e Mungubas (1), em 08/07/13
As disputas entre Sidartas e Mungubas (2) em 15/07/13
As disputas entre Sidartas e Mungubas (3) em 23/07/13
As disputas entre Sidartas e Mungubas (4) em 29/07/13
 
 
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Versão para Publikador PDF 456
Entre Natal/RN e Parnamirim/RN 23/08/14
 
por
Roberto Cardoso (Maracajá)
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Jornalista Científico
FAPERN/UFRN/CNPq
 
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