domingo, 28 de fevereiro de 2016

Sobre um conhecimento contido nas ruas - Tomo I


Sobre um conhecimento contido nas ruas - Tomo I

PDF 585




Conjunto de textos focado em conhecimentos contidos em ruas, praças e avenidas, a partir de um ponto de vista da Grande Natal. O olhar a partir do lugar onde se pisa. Um aprendizado fora das salas de aulas. Textos publicados no Jornal de Hoje. Natal/RN.

Textos encontrados em diversos sítios da internet.

Roberto Cardoso “Maracajá”

Produtor de conteúdo (Branded Content)











Um conhecimento que circula pelas ruas (1) 

A palavra natal traz o significado do nascimento de alguém; um natalício. Diz respeito ao nascimento e ao renascimento. As cidades e as sociedades são formadas por pessoas. E pessoas, ideias e cidades um dia nascem. Ideias e cidades nascem ou renascem com novas visões e novas interpretações, com novas e outras pessoas, participando, reinventando e inovando. E um conhecimento vem surgindo pelas ruas. Não tão recente, e não a partir de Natal/RN, mas sendo necessário que Natal/RN o reconheça, interprete, reinterprete e o respeite, para um novo renascimento. Para que avance nos novos conceitos de conhecimento, informação e comunicação, que circulam pelas ruas, e até na palma da mão.

A capital do RN, a cidade do Natal, ao longo de sua história passou por ocupações e invasões; migrações e imigrações; nascendo e renascendo com as influencias deixadas e absorvidas por outros povos, de outras cidades e de outras nações. Natal vive e revive com influencias vindas de outras terras, associadas ao povo e a cultura local, está sempre em mutação. E Natal/RN a capital, é um local onde tudo recomeça e todos renascem. Surgem ideias e criam-se limites entre a Barreira do Inferno e o Trampolim da Vitória. Um espaço entre a ponta do Cotovelo e a ponta do Calcanhar, passando pela ponta da Canela. O mundo representado nas costas de um elefante. Um lugar para lançar novas ideias, quebrando as barreiras dos conhecimentos e dos desconhecimentos, com pipas e Pipa. 

As chamadas pinturas rupestres, comuns no interior do RN, tinham como objetivo um conhecimento ou uma informação, a ser transmitida. Informações e conhecimentos, que poderiam servir aos que estavam ali presentes enquanto eram grafadas as imagens sobre a rocha (matriz arqueológica); poderiam servir a um grupo reunido depois de formada a grafia, diante um facilitador e comunicador. Como também poderiam ser destinadas aos próximos elementos de um grupo que ali um dia viessem a passar. Andarilhos, exploradores, caçadores ou simples coletores de frutos silvestres. Pessoas de um mesmo grupo que pudessem entender seus significados ali estampados. Quadros de avisos é algo comum em empresas, quartéis e escolas, normalmente localizados em corredores para informar aqueles que por ali passem, tal como a matriz arqueológica, modernizada e atualizada. 

Ainda hoje professores escrevem em paredes para que o grupo presente em sala de aula compreenda os significados dos aprendizados transmitidos, por textos e símbolos colocados pelos professores sobre a lousa. Ao longo de uma história didática os professores já escreveram nas paredes com giz e com canetas hidrográficas, a matriz arqueológica atualizada, de acordo com um tempo e um momento. 

Hoje com uma tecnologia, professores e palestrantes, podem projetar as imagens desenhadas, planejadas e desejadas sobre uma tela ou uma parede. Professores e conferencistas ainda podem disponibilizar a gravação de suas informações em pendrives, ou enviar por e-mail. Para que outros grupos em outros lugares também compreendam, interpretem e entendam as ideias e os significados apresentados. 

E a matriz arqueológica atualiza-se novamente, e pode ser observada em outro plano, como uma tela de computador. A mídia ou o meio de transferência de informações ganhou mobilidade. Saiu de um elemento estático, desde o uso do papel, transportável entre um local e outro. A tecnologia avança, mas não esquece seus elementos e modelos anteriores. Com o papel e sem projetores, já foi usado o flip-chart, em aulas e palestras.

Assim como povos antes dos limites reconhecidos como o período histórico deixaram marcas e escritas em cavernas e paredes de pedras, para outros caminhantes, a sociedade vai deixando informações em ruas e calçadas (outra nova matriz), para outros que ali vão passando. Enquanto no passado a mídia poderia ser uma rocha, tal como uma parede ou um piso, hoje a mídia tem o cimento e o asfalto, que vão deixando marcas, com informações pelo caminho. A evolução e a tecnologia de hoje, permitem informações verticais e horizontais.

Sobre o asfalto ou sobre o concreto das calçadas (horizontais) há informações que deixam e transmite uma informação ou um conhecimento. Em postes e estacas com placas (verticais), outras informações e outros conhecimentos. Informações e conhecimentos que são validos para este momento. Informações codificadas com uma maior amplitude de entendimento e reconhecimento. Muitos grupos já conhecem e reconhecem as informações escritas e inscritas nas ruas. Uma linguagem com um reconhecimento internacional. 

E Natal sempre renascendo precisa aprender, reconhecer e respeitar esta linguagem escrita nas ruas e calçadas. Não são informações de um grupo ou de outro grupo andarilho, mais informações geradas por uma sociedade, com um respaldo do poder público, que grafa as informações. Símbolos e siglas de informações que preservam o espaço de pequenos grupos, ou grupos distintos. Criando respeito entre diferentes grupos, como estratégias de deslocamento e convivência.

A sociedade atual já não vive em cavernas e não transita por trilhas e atalhos. Mas vive em casas e apartamentos e transita por ruas e calçadas. Mudaram os conceitos e os modelos de habitação e locomoção. Mudaram hábitos e sistemas de proteção. Mudaram-se armas e equipamentos para as atuais locomoções. E uma linguagem com símbolos (komunikologia), vai sendo inserida nas ruas e avenidas, passeios públicos e calçadas. Informações para que os próximos transeuntes possam saber quais espaços são reservados a outros, e os quais a ele é destinado. O que é possível fazer e o que não é possível fazer, sem incomodar ou atrapalhar o próximo.

Símbolos que determinam e classificam um poder de acessibilidade, respeitando aquele com limitações de mobilidade. Além das limitações de mobilidade de um portador de limitação de locomoção, um pedestre também tem uma limitação de mobilidade diante um veículo automotor. São diversos grupos e diversas são as necessidades, coletivas ou individuais. 

Entre Natal/RN e Parnamirim/RN em 18/01/2015  




Um conhecimento que circula pelas ruas (2) 

Quem não se comunica se trumbica, já dizia o Velho Guerreiro. O líder de audiência também dizia que na TV nada se cria, e tudo se copia; como uma alusão as palavras de Lavoisier: “Na natureza nada se cria. Nada se perde, e tudo se transforma”. Abelardo Barbosa estava com tudo e não estava prosa. O Velho Guerreiro tomou emprestado um teorema da ciência, e levou para a comunicação. 

A comunicação está por toda parte, chega pelos sentidos do corpo humano e pelos aparelhos criados pelos humanos. Um grafite ou uma pichação tem uma informação, assim como uma faixa amarela sobre o chão, a sinalização tátil de alerta e direcional (sentido da visão e do tato). O meio fio, também chamado de guia, delimita os espaços dos automóveis e dos pedestres. Ruas para carros e calçadas para pedestres (o sentido da visão). Um carro ao subir uma calçada, ultrapassando o meio fio, vem um balanço ou uma trepidação (tato), um alerta ao motorista de estar em local errado.

Chacrinha tinha por hábito distribuir alimentos ao publico e troféus aos participantes, que também podiam ser alimentos. Era patrocinado por uma rede de supermercados que hoje não existe mais. Usava uma cartola, e sobre o peito um grande disco de discagem, lembrando os antigos telefones, e a comunicação. E ainda tinha uma buzina, pendurada no pescoço, para reprovar calouros em seu programa. Buzina um símbolo e instrumento de pequenos negociantes, que levavam ou ainda levam mercadorias em triciclos ou pequenos carrinhos, pelas ruas, e de porta em porta, acionando a buzina (audição), para atrair clientes. Pequenos comerciantes como padeiros, sorveteiros, pipoqueiros, peixeiros e verdureiros. Pipoqueiros podem além de usar buzinas e suas vozes, podem usar também o aroma das pipocas, durante o processo de preparo de sua mercadoria, como estratégia de divulgação. Uma informação circulando no ar, o olfato instigando o paladar. De vendedores ambulantes com carrocinhas de lanches, chegamos hoje ao fast food truck, levando um maior apelo de marketing, com gestão de alimentos, e critérios de manipulação.

Chacrinha fez associações entre as mercadorias e a comunicação, dando oportunidade a autores e cantores, e a calouros também, de exporem suas opiniões em suas canções, e com suas vozes. Os que ali em seu programa se apresentavam tinham a oportunidade de apresentar seus produtos, ou seus serviços. Como a sua imaginação usadas em composições, associada ao seu conhecimento. E tendo suas vozes, como instrumentos de divulgação.

Desde os tempos muito remotos, o homem teve uma necessidade de se comunicar. O texto bíblico já mostra por diversas vezes, uma comunicação do homem com Deus. Uma comunicação entre o céu e a terra. E por vezes uma comunicação silenciosa, chegando a brados em direção aos céus. Hoje vemos e observamos igrejas e religiões. Umas com orações silenciosas, e outras com um grande bradar, lembrando chuvas torrenciais, trovoadas e relâmpagos.

Além de uma comunicação com Deus o homem teve a necessidade de se comunicar com outros homens, pessoas com outras moradas, instaladas em outros lugarejos, em outras cidades, outros países e outros continentes. As respostas sempre vieram do céu. Hoje o homem continua sua busca incessante em descobrir vidas em outros planetas, em busca de novos vizinhos planetários. Assim como Deus poderia enviar respostas vindas do céu, muitas respostas hoje também chegam do céu, estão armazenadas nas nuvens.

Continuamos atrás de respostas vindas do céu. Vivemos em busca de novas descobertas siderais, para que possamos um dia se comunicar com os novos vizinhos.  Vizinhos com os quais poderá ser possível trocar informações, trocar necessidades e negociar serviços e mercadorias. Como negociar pousos e decolagens. Tal como navios e aviões negociam suas próximas escalas, por alguns mesmos motivos: de abastecimentos e manutenções; para embarques e desembarques de mercadorias e passageiros. Tudo gera e é gerado por comunicação. 

Nos transportes terrestres, usamos rodovias e ferrovias. Navios e aviões circulam em hidrovias e aerovias, obedecendo a critérios de navegação, aérea, marítima ou fluvial. Cada sistema de transportes pode ter suas regras e suas comunicações. E muitas formas de comunicações, transferindo um conhecimento e uma informação, são comuns a todas as modalidades de transportes, da modalidade a pé a modalidade motorizada, na terra, no ar e no mar.  

Natal/RN – 25/01/15  




Um conhecimento que circula pelas ruas (3) 

O ato de negociar levou a uma necessidade de se comunicar, uma comunicação compreensível por ambas às partes do negócio. E a necessidade de cada vez ir mais longe para comprar e negociar, foi deixando marcas e sinais pelo caminho. Primeiro foram os deslocamentos terrestres, com comboios formados por montarias, que transportavam mercadorias. Com regras e caminhos a seguir, um tempo e um local para chegar. Dos caminhos e picadas, passaram carroças e carruagens, então surgiram as estradas. 

Os usos das embarcações criaram regras para as navegações, promovendo a segurança de todos: passageiros, tripulantes e mercadorias, bens comerciais e bens intelectuais. Segurança para um lugar onde em situação de emergência não haveria terra para pisar. Regras de embarque e desembarque para mercadorias e passageiros, bem como as regras de deslocamento das embarcações. Regras à princípio simples, como a preferência de uma embarcação sobre a outra, baseada em seu tamanho, mobilidade e velocidade.  Preferências entre atracar e desatracar, um barco ou um navio; entrar ou sair de um porto e até como passar por um canal. Regras de uma condição macro (com grandes navios, em grandes espaços), e regras em um universo micro (pequenos barcos em pequenos espaços). Regras de cabotagem e longo curso, com carga geral e cargas específicas.

E regras existem sobre ruas e calçadas, canais de circulação de carros e pedestres. Espaços destinados a uns e a outros. Regras de travessias e manobras, assim como barcos e navios, os pedestres e os carros também fazem travessias e manobras. Na visão holística oriental, ruas e avenidas são como os rios que fluem.

Regras existem para paradas e estacionamento, embarque e desembarque de passageiros. Espaços para veículos automotores, com alta ou baixa velocidade. Espaços para ciclistas e motociclistas. Espaços para pedestres com autolocomoção e pedestres portadores de uma insuficiência ou deficiência de locomoção. Pedestres com capacidades auditivas e visuais plenas, e pedestres com uma deficiência da capacidade auditiva e visual. Cada ser humano tem uma capacidade de carga intelectual e uma capacidade de locomoção e visualização; uma velocidade e uma mobilidade. 

Assim como foram criadas regras para grandes equipamentos de transportes, também foram criadas regras de comportamentos e deslocamentos para as pessoas. O macro e o micro, com suas devidas proporções. Cada ser tem uma travessia a realizar, uma carga e uma missão a entregar. Cada um pode carregar pastas ou envelopes; sacos ou sacolas; bolsas ou maletas; embrulhos ou pacotes. E regras entre pessoas podem estar simplesmente descritas e simbolizadas no chão, sobre uma caçada ou um calçadão, entre o meio fio e o paredão. 

Em princípio partimos das chamadas regras de comportamento e regras de boa conduta, contidas no conhecimento da boa educação. O tempo e o lugar são definidos, com regras próprias. Enquanto as cidades eram pequenas, e as famílias se conheciam, primou-se por uma boa educação, que vinha de berço ou de casa. Enquanto as crianças brincavam nas calçadas, nas ruas e nas praças, em terrenos baldios, o espaço de convivência da garotada, cada qual deveria vir com uma educação de casa, respeitando direitos e limites do outro. As brincadeiras infantis realizadas nas ruas estabeleciam uma regra não escrita, mas respeitada, calcada em respeitos e bens morais. Quem não sabe brincar não desce para o play.

A partir do momento que a cidade cresce, a educação sai de casa para ser contida nos currículos escolares. Agora as escolas, sendo o local da convivência diária entre a população na idade escolar. A escola ensina seus alunos a andar e se comportar nas ruas, com visitas a museus, monumentos históricos, e indústrias. Entram educadamente em filas para acessos aos patrimônios públicos e nos sistemas de transportes, que os conduzem da escola ao local a ser visitado. Com cantinas, refeitórios e lanchonetes o comportamento nas refeições.

A idade escolar termina, e a convivência da população passa a ser nas ruas. Volta para as ruas, e agora ruas com um maior movimento, onde não é possível sentar na calçada, para uma brincadeira de pique ou bola de gude. Agora a rua é um espaço de locomoção. A pé ou de carro com regras de convivência, conveniência e locomoção. Sem uma casa ou uma escola, o aprendizado adquirido ao longo do tempo dever ser usado. Sem um controle de vigilância rígido, tudo que foi aprendido pode não ser respeitado. Cabe ao poder publico estabelecer e cobrar as regras de convivência e comportamento em grandes aglomerações. Cabe a cada cidadão cobrar e lembrar o outro sobre os espaços demarcados.

Obter uma carteira de habilitação requer saber ler e escrever; ter o conhecimento do código e leis de transito; e principalmente educação. Habilidade na direção de um automóvel e habilidade na interpretação de símbolos e desenhos no mobiliário urbano. 

Um estabelecimento que ofereça vagas para veículos na porta pode estar criando uma discriminação entre o que tem um poder aquisitivo maior, e outro com um poder aquisitivo supostamente menor. Ainda que ambos possam gastar em diferentes proporções, independentemente de seu meio de locomoção. O estabelecimento erra por submeter ao pedestre desviar de um carro ocupando um espaço desde a parede ao meio fio. Submete o pedestre a disputar um espaço nas ruas, onde a princípio é um espaço destinado ao carro, enquanto carros estacionam sobre calçadas um espaço destinado a pedestres. Uma calçada ocupada por carros impede o ato de circular e negociar. Atos que circulam pelas ruas o tempo todo. 

O automóvel foi feito para andar e circular. O proprietário que deseja manter seu automóvel parado, que pare na garagem de casa, o local mais seguro e protegido para manter o carro parado. Calçadas foram feitas para pedestres, para circular e acessar imóveis residenciais, industriais ou comerciais. Pisos diferenciados determinam pedestres diferenciados. Lembrando aquele ditado: Quem não sabe brincar não desce para o play; quem não sabe usar o espaço público que fique em casa. 

Natal, 01/02/15




Um conhecimento que circula pelas ruas (4)  

As palavras e as frases podem separar as ideias, enquanto os símbolos podem unir as palavras, criando uma informação e produzindo um conhecimento. Dando sentidos e objetivos desejados com uma menor margem de erro, com uma menor possibilidade de duvida na interpretação. Um texto pode ter interpretações diferentes, por pessoas diferentes que possam ler o mesmo texto. A interpretação de um texto acontece na dimensão do conhecimento de cada um. Vivemos um mundo de imagens com diversos símbolos e representações.

Uma estrada vicinal sem calçamento, sem acostamento e sem sinalização é o espaço para inferir um conhecimento. Trafegar em uma estrada exige um conhecimento, ainda que a estrada não tenha calçamento, com uma sinalização vertical ou horizontal. Um conhecimento de quase todos, motoristas ou não, e a consciência de todos que possuem uma carteira de motorista (CNH – Carteira Nacional de Habilitação), a começar pelo lado certo de trafegar. Faz parte do conhecimento de uma grande maioria, o comportamento e o direcionamento ideal e legal, o lado de ida e o lado de volta. Direita e esquerda, mão e contramão, fluxo e contra fluxo. Independente de uma linha divisória separando as pistas. Durante a noite em uma estrada, um novo conhecimento: será fácil identificar o veículo que esta trafegando no mesmo sentido ou em sentido contrário, bastando observar a coloração de suas luzes de iluminação.

Ainda durante a noite podemos diferenciar luzes fixas ou se deslocando no céu, diferenciar estrelas e planetas, um satélite artificial deslocando-se entre as estrelas, e a passagem de um avião em grande altitude. Enquanto durante as noites, na linha do horizonte podemos avistar algum navio distante. As luzes acesas ou apagadas de um navio podem identificar se o navio está fundeado, ou navegando. Basta conhecer um pouco de regras de navegação e um pouco da geografia local, como a existência de portos ou terminais marítimos, de cargas ou de passageiros. A continuidade da observação pode levar o indivíduo chegar a conclusões.

O mesmo céu observado durante a noite, ainda pode conter outros símbolos. Constelações que definem os signos do zodíaco e uma constelação que pode ajudar a indicar uma direção, como o caso do Hemisfério Sul, a constelação do Cruzeiro do Sul, que ajuda a definir a posição geográfica do Sul. No Hemisfério Norte é a Estrela do Norte que define a posição geográfica do Norte. Identificando a direção Sul ou Norte, os pontos cardeais Leste e Oeste, serão também identificados. Durante o dia observando a trajetória do Sol no céu, identificando o lado nascente e o lado poente, estes pontos ajudam a localização dos pontos cardeais. Para alguns povos antigos a presença das Plêiades no céu indicava o momento de semear.

Em uma estrada durante a noite é possível observar e tirar conclusões. Partimos do princípio de conhecer as luzes de um carro enquanto ele está parado, luzes dianteiras são diferentes de luzes traseiras. Identificando assim a direção para onde trafega um veículo, em uma estrada á noite. Pelas luzes vermelhas veículos seguindo na mesma direção; ou veículos que vem em sentido contrário, com luzes brancas iluminando o espaço à sua frente. Em qualquer parte do mundo estes princípios podem ser identificados, funcionando como uma regra geral. Iluminações a frente do veículo e iluminações por trás dos veículos. Caminhões longos possuem tarjas refletivas nas laterais.

Poucas são as exceções de direções, como o caso da mão inglesa que deve ser amplamente identificada. A Inglaterra mantendo as tradições das carruagens manteve o volante dos carros no mesmo lado onde se posicionavam os cocheiros, podendo então controlar os passageiros que embarcavam ou desembarcavam, na carruagem. A posição dos cocheiros influenciou a posição dos motoristas dos automóveis, e as mãos das ruas. Fato semelhante aconteceu com os trens, sendo boa parte das estradas de ferro brasileiras implantadas pelos ingleses.

Automóveis, trens, barcos e aviões precisam de uma luz branca e clara para iluminar um caminho à frente, tal como alguém em um ambiente escuro pode precisar de uma lanterna para iluminar sua trilha ou o seu caminho. Primeiro usou-se tochas, uma fogueira ou uma fumaça podem indicar um acampamento dentro da mata. De candeeiros e lampiões chegou-se a uma lanterna à pilha com um foco direcional. 

Automóveis foram construídos com lanternas e faróis direcionais, para que lâmpadas acopladas em um espaço ofereçam uma iluminação adequada ao deslocamento: as chamadas de lanternas para uso em veículos parados, veículos em baixa velocidade e curtíssimas distancias, com a possibilidade de uso do pica alerta em veículos parados; farol baixo para distancias e velocidades pequenas e médias, como o caso de centros urbanos; em estradas com maiores distancias com uma maior velocidade, o farol alto ou farol de milha. Com maiores velocidades é necessário que feixes de luzes, cheguem mais longe, possibilitando enxergar os perigos antecipadamente. A necessidade e a comodidade estabeleceram regras de uso e regras de interpretação. Faróis de neblina para estradas com grandes incidências de neblinas, foi um diferencial adicional.

Aeroportos podem emitir sinais luminosos varrendo e vasculhando o céu durante a noite, determinando o posicionamento dos aeródromos e a altura das nuvens, como um alerta a aviação. Aeroportos auxiliam aviões com os denominados holofotes, traçando feixes de luz no céu. Barcos, trens e navios, alem dos sinais luminosos, utilizam sinais sonoros nas chegadas e nas partidas. Alertando tripulantes e passageiros, sobre seus próximos movimentos e acontecimentos. 

Da mesma forma Igrejas se utilizam de sinais e símbolos, símbolos e gestos religiosos durante a missa. Tocam seus sinos, seus sinais sonoros, informando as horas e alguns acontecimentos.



08/02/15   Entre Natal e Parnamirim.






Um conhecimento que circula pelas ruas (5) 

O comércio internacional criou siglas de ampla compreensão como: FOB (Free On Board) ou FAS (Free Along Side), e mais outras tantas siglas. Caracterizando algo em uma relação de compra e venda. Um compromisso e um comprometimento de responsabilidade com a mercadoria, dentro de uma embarcação (FOB), ou no porto junto ao costado de um navio (FAS). E assim vamos criando símbolos e siglas de amplo entendimento. Aqui um conhecimento do comércio exterior, que pode se estender ao transporte de cargas rodoviárias.

A medida que o homem vai se globalizando, uma nova linguagem vai se formando. Uma linguagem compreensível em qualquer parte do planeta. Muitas das vezes sem critérios de reuniões e convenções. Esta linguagem vai se formando por necessidades, visando criar facilidades com fidelidades. As convenções podem acontecer entre países, de moedas e culturas diferentes, e ainda assim vão visar um denominador comum entre as partes. Algo que ambas as partes possam ler e entender, independente da diferença de comportamentos, moedas e idiomas. 

Da mesma forma que na educação tradicional, com alunos sentados em bancos escolares, a nova linguagem também chega a um grupo selecionado e elitizado. Um grupo que participa de uma tecnologia de comunicação e conhecimento. A mais nova comunicação também chega aos mais privilegiados, como aqueles que utilizam um avião, que seja em férias ou viagens de negócios. E àqueles que possuem um automóvel, com uma facilidade e oportunidades de usar com frequência. Assim supõe-se que todos aqueles que possuem uma carteira de habilitação, estejam habilitados a reconhecer estes sinais, ocultos e simbolizados nas ruas. Independente de um aviso ou uma placa mais elucidativa. Entende-se que faz parte de seu conhecimento ao obter uma habilitação. O bom motorista, ou o bom cidadão respeita as regras, as normas e as leis, independente de uma vigilância ou fiscalização.

Todos os passageiros que embarcam ou desembarcam em um voo, e até mesmo aqueles que vão acompanhar passageiros em embarques e desembarques, já iniciam um primeiro contato com este novo conhecimento, com siglas de voos e dos equipamentos usados para voar, os modelos de avião. Escalas e conexões, cidades de destinos, origem e procedência. Previsão de tempo. Tempo e temperatura em outras cidades por meio de símbolos e desenhos. Fuso horário, turbulência e tempo de voo. Prioridades de embarcar e desembarcar. O que pode ser levado como bagagem de mão, e bagagem de porão.

Da mesma forma que uma linguagem por sinais e símbolos chega aos utilizam um navio ou um avião, chegam também aos que possuem um automóvel: Não estacionar em uma esquina; “Não ultrapasse quando a primeira faixa a esquerda for contínua”; Não estacione em locais onde o meio fio, bordo da calçada, for pintado na cor amarela. Em casos específicos a linha amarela pintada no bordo tem poder de regulamentação. Respeitar as placas de sinalização. Limites de velocidade em perímetro urbano. Luz baixa ao cruzar veículo. O significado de um sinal de transito aceso, nas cores: verde, amarelo ou vermelho. Como se comportar e circular em uma rotatória. Redução de velocidade e não buzinar, ao passar em frente de escolas e hospitais. “Atenção ao dobrar a direita, pedestres atravessando na faixa”.

Um conhecimento circula pelas ruas. Uma linguagem circula peles ruas, inscrita nas vias e nos passeios públicos, dentro daquilo que o CTB (Código de Transito Brasileiro), já prevê em seu Artigo 181. Algumas questões sobre o estacionamento de veículos em via pública. Inciso I: estacionar a menos de 5 metros das esquinas. Inciso VI: estacionar junto ou sobre hidrantes de incêndio, registro de água ou tampas de poços de visita de galerias subterrâneas quando eles estão devidamente identificados. Inciso XI: onde houver guia de calçada (meio-fio) rebaixada destinada à entrada ou saída de veículos. Inciso XIII: parada de ônibus. 

Respeitar as vagas sinalizadas para uso de idosos e portadores de deficiência. Situações que o habilitado deve ter como teoria aprendida durante o processo de habilitação. E saber interpretar e respeitar na pratica; pelas ruas, avenidas e esquinas. 

22/02/15 - Entre Natal/RN e Parnamirim/RN 




Um conhecimento que circula pelas ruas (6) 

As grandes e destacadas, reconhecidas e interessadas; as empresas comprometidas com a gestão da qualidade de seus produtos, e a segurança de seus empregados (ou colaboradores), seus visitantes e seus clientes; os seus participantes do dia a dia. Tem algo diuturno a zelar, a vida e a segurança, a integridade de cada um que frequenta suas instalações. Independente do tipo de relação ou relacionamento entre ambos, pessoa e empresa. Independente das atividades entre a pessoa física e a pessoa jurídica.

A empresa como pessoa jurídica, a que tem obrigações e responsabilidades jurídicas, tem uma responsabilidade sobre o cidadão como pessoa física, o que sofre danos físicos do ambiente e pelo ambiente. A empresa como algo imaterial impõe ações e condições, que podem causar danos físicos às pessoas que circulam na estrutura física das mesmas empresas. Uma estrutura formada de ferro e aço, asfalto e concreto; com máquinas e ferramentas; equipamentos, móveis e utensílios; arranjos físicos e etc. Gerando barulhos e objetos, dejetos e rejeitos; riscos e resíduos, sólidos e aerossóis, depositados no solo ou dispersados no ar. Podendo então gerar para as pessoas presentes, riscos por agentes identificados como: físicos, químicos, biológicos ergonômicos e mecânicos.

Independente de sua atividade, a empresa quer seja primária, secundária ou terciária; plantando ou extraindo, comprando ou vendendo, produtos ou serviços. Uma empresa que tenha relações de compra e venda: uma produção agrícola, uma indústria, um comércio ou uma prestação de serviços, e até uma instituição de ensino. Com atividades classificadas de primarias, secundarias ou terciarias. Empresas que sejam publicas ou privadas. Que a relação seja jurídica ou física, elas tem uma responsabilidade com o ser biológico, a pessoa, com o cidadão e o meio ambiente em que esta localizada, ou o ambiente que é oferecido ao ser que ali esteja presente.

Os riscos oferecidos, e o fluxo de pessoas é uma determinante para criar, confeccionar e exibir um mapa para uma segurança. Um mapa de riscos que alerte os riscos detectados antecipadamente. Prevendo e alertando os riscos possíveis e passiveis de ocorrer. Cada local ou cada risco pode prever o uso de um EPI (Equipamento de Proteção Individual) específico, e um máximo de atenção. 

O Mapa de Riscos é a representação gráfica em uma planta do local, dos riscos de acidentes nos diversos locais de trabalho, inerentes ou não ao processo produtivo, devendo ser afixado em locais acessíveis e de fácil visualização no ambiente de trabalho, com a finalidade de informar e orientar todos os que ali atuam e transitam, ou outros que eventualmente, cheguem ao local.

Quando além dos participantes com vínculos empregatícios, outros participam de suas instalações, como o caso de empresas atacadistas ou varejistas com a presença diária de clientes transitando entre gôndolas e empilhadeiras, movimentação e empilhamento de carga, com riscos de quebra e derramamento de produtos. O mapa de risco também pode ser visto e analisado pelos clientes que passam diariamente por ali. Ele deve estar em local acessível e visível a todos. E detalhado de modo compreensível, com cores e formas, de acordo com o grau de risco, divididos em: pequeno, médio e grande. Uma universidade tem uma grande aglomeração de pessoas, com riscos diversos, deve possuir também seu mapa de riscos.

A cidade é uma empresa administrada por órgãos e departamentos públicos, que por sua vez tem como responsáveis os funcionários públicos. E os administradores eleitos periodicamente tem uma responsabilidade de conduzir o funcionamento de uma cidade. Eles atribuem regras e leis, cumprindo e fazendo cumprir o que foi determinado. As cidades assim como as empresas possuem um grau de risco. E um conjunto de riscos pode ser informado pelas ruas de uma cidade, com símbolos em placas, e estampados no chão.   

01/03/2015

Entre Natal/RN e Parnamirim/RN



Um conhecimento que circula pelas ruas (7) 

As cidades assim como as empresas, possuem um grau de risco em sua arquitetura. Riscos de locomoção e permanência em seus espaços, e mais diversos que os riscos oferecidos por uma empresa, com alguns até mais perigosos. E com menos alertas que uma empresa, e menos treinamentos de situações de emergência e prevenção. Uma empresa disponibiliza um mapa de riscos apontando estratégias de prevenção de acidentes, diferente de uma cidade que não expõe seus riscos em um mapa. Riscos de acidentes com ferimentos e lesões corporais, podendo evoluir para óbito.

Os riscos de uma cidade podem não estar identificados, e consequentemente não estarem sinalizados. Ainda há riscos que já foram identificados, mas não foram sinalizados ou alertados. Os órgãos públicos devem sinalizar e amenizar os perigos a que o cidadão está sujeito. Existe uma legislação que é indicada ao transito, e busca a segurança do cidadão. Outras podem estar contidas nos códigos de posturas municipais. Encontraremos regras e leis nas três instâncias: municipal, estadual e federal, que serão mais efetivas com a educação provinda de casa.

Por vezes o automóvel pode ser um EPI (individual evoluindo para coletivo), prevenindo e protegendo aos que estão a bordo de alguns riscos. Mas por outro lado podem causar e criar novos riscos, a quem passe na sua frente. Ou estacionando o veículo em local indevido, colocando em risco a vida de outros. Daí surge leis e regras de transito, a partir de uma educação e respeito ao próximo, criando espaços para o mais resistente fisicamente diante o menos resistente fisicamente. Questões físicas, químicas e biológicas, tal como no mapa de risco.

A elaboração de um mapa de risco em uma empresa é um trabalho de modelo participativo. E são dotados de soluções práticas. A sociedade urbana vai participando e colaborando na construção de um mapa de risco na cidade. O que o setor público não constrói, o cidadão vai construindo com seus recursos e conhecimentos. Visando assim soluções práticas que objetivam a eliminação e/ou controle de riscos, e a melhoria do ambiente; e das condições de uso do espaço público. A adoção desta medida favorece aos cidadãos (com a proteção da vida, da saúde, e da capacidade profissional e intelectual), e aos trabalhadores que como cidadãos transitam por uma cidade.  

A visão da segurança no trabalho é a visão de que, quem ganha o trabalhador, na prevenção de acidentes e de sua integridade. Mas ganha também o País, com a redução de gastos do sistema previdenciário em virtude da aposentadoria precoce por invalidez, por exemplo. Portanto também ganha a sociedade e órgãos ligados a sociedade, como prefeituras e hospitais públicos, com remoção e internação de pacientes.

Aplicativos específicos para aparelhos celulares vão aos poucos mapeando alguns destes riscos encontrados nas cidades: como o risco de esperar indefinidamente um transporte coletivo. Os aplicativos podem informar o tempo de espera para a chegada do transporte. Aplicativos que definem locais perigosos, com a presença de meliantes. A mancha criminal pode rapidamente ser atualizada por quem possua um tipo de aplicativo com esta finalidade, informando um fato recente.

Um aparelho celular com funções que vão além de ter a função básica de telefonar, já ganhou outras funções: função relógio, agenda ou despertador, função de alertas de atividades, função de rádio e aparelho de TV, função de intercomunicação. Ganha agora uma nova função, um EPI ao alcance das mãos.

Como o setor público não cria, e não atualiza o mapa de risco de uma cidade, a sociedade, vai montando de modo virtual. O que corria de boca em boca, e era classificado como fofoca, corre agora de mão em mão. Via sinais eletrônicos.

E os aparelhos telefônicos vão se tornando um item obrigatório de segurança. EPIs – Equipamentos: de Proteção Individual; de Produção/Promoção Individual: para os querem registrar tudo e postar na internet; de Permissão Individual: para os controlados informarem aonde vão e onde estão, informando o que estão fazendo, ou onde estão comprando, e até se estão sacando dinheiro em banco. Enfim um aparelho telefônico é um EPI - Equipamento de Propriedades Infinitas. 

RN 08/03/15 



Um conhecimento que circula pelas ruas (8) 

O espaço urbano é formado pelo tracejado dos logradouros públicos, que podem ser utilizados e usufruídos por toda a população. Espaços e vias reconhecidos pela administração do município, com planejamento e implantação, limpeza e conservação. Espaços destinados à circulação de veículos e pedestres, o local onde encontramos as diversas ruas e avenidas, praças e largos; calçadas e calçadões, parques e jardins. Com espaços e acessos especiais, para portadores de necessidades especiais: com deficiências físicas, fisiológicas ou anatômicas, e com mobilidades limitadas ou reduzidas, permanentes ou temporárias. Espaços imbuídos de uma vivência e convivência colaborativa. Com práticas, estruturas e comportamentos inclusivos; adaptados com comunicação suplementar e alternativa. Promovendo condições de acesso e permanência no espaço. E assim espera-se que devam ser os espaços das cidades com direitos e respeito a uma diversidade, um espaço plural. 

As ruas são espaços democráticos, onde circulam as pessoas livres. Livres de grilhões e livres de preconceitos. É no espaço público que seguimentos diversos colocam seus cartazes, expõem seus direitos e suas manifestações, políticas, partidárias, ideológicas, institucionais ou culturais. E diante tanta diversidade e pluralidade, este espaço deve ter regras, as suas convenções, para serem cumpridas e respeitadas, contribuindo para acolher tanta diversidade.

O corpo tem suas expressões e seus comunicados. Comportamentos e vestimentas, com faixas, cartazes e bandeiras, refletem um anseio de uma manifestação, seja um grupo ou uma população. É no espaço público com ordem e respeito que o povo exerce seus anseios, seus desejos e seus direitos. 

Projetar, construir e estabelecer; reformar e restaurar o espaço público está a cargo da construção civil, dentro da visão do desenho universal com normas e técnicas estabelecidas. Garantindo a acessibilidade, respeitando e valorizando a diversidade.

A acessibilidade permite e apresenta-se como a garantia ao acesso, não só simplesmente aos espaços públicos, de logradouros, por onde se transita ou caminha. Mas também à saúde, ao laser, ao trabalho, e à educação. Uma segurança para quem transita nos espaços e equipamentos públicos. Bem como os espaços e equipamentos privados, com o acesso de um público especifico. Garantindo o acesso às edificações e outros ambientes acessíveis a todos, contribuindo assim para uma sociedade justa e solidária.

A acessibilidade é um direito de todos. E cada cidadão tem o dever de cobrar e promover um espaço onde todos possam usufruir, com liberdade, igualdade e autonomia. As marcas e símbolos de acessibilidade estão espalhados pelas ruas da cidade, com uma sinalização vertical e horizontal. Basta compreende-las e respeita-las.  

RN 15/03/15 



Um conhecimento que circula pelas ruas (9) 

O conhecimento circula, e está presente pelas ruas e ruelas da cidade. Segue como pegadas deixadas pelo caminho, rastros e marcas que se deixa ao passar. Tal como as pegadas ecológicas que o homem deixa ao transformar, alterar e modificar o ambiente. A urbanização e transformação das cidades vão deixando registros históricos no espaço e no tempo, no espaço público e no mobiliário urbano.

O conhecimento segue inscrito e escrito pelas ruas com seus pavimentos e seus calçamentos. Transparece nos detalhes observados por olhos atentos, em cada piso de rua ou calçada, muro ou parede; ponte ou viaduto, todo o arruamento. Um olhar de Survey. Tipos de desgastes em calçamento e pavimentação podem definir e caracterizar uma época, e uma técnica utilizada. Marcas que podem caracterizar os tipos de transportes que trafegaram pela via. Pisos com técnicas variadas e elementos diversos, rígidos ou flexíveis, de acordo com tipos de transportes a serem utilizados, de tração mecânica ou tração animal; movido por energia elétrica ou combustível. De picadas, trilhas e caminhos, à estradas e avenidas, com pontes, pontilhões, vielas e pinguelas.

Pavimentos resistentes ao impacto e ao tempo podem contar e registrar uma história. Com registros de épocas e eras: Épocas do Brasil Colônia, Brasil Império, ou Brasil República, chegando a uma Nova República; Era da cana-de-açúcar e Era do Ouro. E agora a Era do Conhecimento (Wi-Fi free); Todas as eras podem ser investigadas, inspirando e obtendo um conhecimento. Eras que podem estar descritas no tipo de calçamento. Um piso remete a uma época e a uma história. Uma leitura de livros clássicos da literatura nacional poderá ajudar a identificar algumas variedades. Pé de moleque, pedras portuguesas, pedras de mão e pedra sabão; e outras tantas pedras diversas. Paralelepípedos, asfalto, bloquetes de concreto, encaixados ou sextavados; ou simplesmente só concreto; massas e argamassas. São alguns tipos de calçamento que cobriram antigos caminhos de barro, de terra, de areia, ou de cascalho. 

Pedras coloridas ou com cores pintadas. Com linhas continuas ou tracejadas, sobre a pavimentação são outras dicas de identificação. O elemento marcador e divisório, chamado de guia ou meio-fio, define um limite e um espaço, para meios diversos. Com um rebaixamento, torna-se outro elemento de identificação. Pintado de amarelo uma nova informação.

Calçadas de concreto, ou calçadas com pedras portuguesas definiram os espaços para os pedestres, com toques de épocas e de colonização. Azulejos estampados e coloridos, coloniais ou imperiais, contam parte da história da cidade, com influencias estampadas. Igrejas, catedrais e capelas; portas e janelas, também contam a história de uma cidade. Arcos e portais; marcos, paços e placas. Palanques, palcos e coretos. Santos e santas podem explicar uma devoção católica, enquanto outros orixás traçam influencias históricas. Tudo começa a partir do marco zero, ou no denominado local de fundação da cidade.

Mercados municipais, a reunião de alimentos e condimentos. Mantimentos e elementos para caça e pesca. Artigos para plantação, irrigação e criação. E alimentos prontos para uma consumação. Os mercados municipais reúnem um conjunto da representação cultural do local. Bebidas e comidas, poesias e cantorias, degustadas e entoadas nos mercados, definem um perfil cultural.

Bustos e arbustos em praças contam uma história, e preservam uma memória. Lâmpadas e lampiões, postes e muradas. Bancos e calçadas, balaustres e arcadas. Trilhos de bonde deixaram trilhas aparentes sobre um calçamento. Antigos itinerários de moradores e trabalhadores, turistas e veranistas. Tudo é um registro histórico, de uma época ou de um governante, de uma técnica ali criada ou importada. Tudo disponibilizado a quem passa, observa e investiga. 

Cada cidade tem uma história para contar, a cidade conta suas histórias aos seus visitantes que com olhar atento podem observar cada detalhe, cada entalhe de suas pinturas e esculturas espalhadas pelas ruas. Cata atalho que um dia se torna uma rua. Outros conhecimentos mais elitistas, mais reservados e preservados, vão ser encontrados em lugares fechados, como museus, armários e bibliotecas.   

RN, 22/03/15 

Um conhecimento que circula pelas ruas (10). Quatro e Quarenta, Quarentena e Quaresma 

As religiões foram buscar argumentos e elementos na mitologia, na filosofia e na poesia. Assim como também na geografia e na geometria. No final as retas se encontram no infinito. Ciência e religião são duas retas paralelas, que se encontram no infinito. 

São quatro os elementos: água, terra, fogo e ar, com visões orientais e ocidentais, visões religiosas e visões filosofais.  Quatro são as estações do ano. Também são quatro as principais direções geográficas. E quatro pontas tem uma cruz, tal como as diagonais de um quadrilátero, que tem quatro lados e quatro ângulos. 

Cada cruzamento entre duas ruas lembra uma cruz, e mostram quatro direções. Ruas com postes que originalmente lembram a forma de uma cruz, e podem possuir uma luminária ou uma lâmpada, o símbolo das ideias e a solução para a escuridão. A partir da luz chegam as ideias. Deus criou a luz e viu que ela era boa, e fez novas criações. Postes iluminados levam energia elétrica e sinais telefônicos, a tecnologia necessária de suporte, para a informação e o conhecimento. Há um conhecimento oculto em cada duas retas que se cruzam. Da cruz surgiram o alicate, a tesoura e outras ferramentas. Com mistério, por arquétipos ou por simples repetição, e falta de imaginação, repetimos sempre o uso da cruz. Coordenadas e abscissas, latitudes e longitudes, pares de retas que se cruzam em cruz, determinando pontos gráficos e geográficos.

A igreja cultua e promove o mistério e a simbologia da cruz. Há uma simbologia e um conhecimento por traz do número quatro, com suas proporções e suas variantes ortográficas, engenhosas e arquitetônicas. Mastros em forma de cruz seguraram velas em caravelas, descobriram novas terras e novos conhecimentos. Aviões que lembram uma cruz cruzam os céus transportando conhecimento. Passageiros viajam levando um conhecimento e retornam portando um novo conhecimento, a partir de novas visões e novas interpretações, observadas e vivenciadas nos seus destinos, com embarques e desembarques. Computadores tem informações embarcadas.

Moisés passou quarenta anos peregrinando pelo deserto. Jesus passou quarenta dias vagando no deserto. Cada um deles viveu o seu deserto. Um deserto físico e geográfico, e um deserto mental. Geografia e psicologia, com a anatomia e a biologia do corpo humano. Desertos que trouxeram visões e missões a cada um deles. Enquanto Jesus e Moisés fizeram sua quarentena no deserto, Antônio Conselheiro fez a sua pelo sertão. E talvez Noé em uma arca. Moisés conduziu um povo pelo deserto. Noé conduziu e protegeu a família e os animais sobre a água. Conselheiro reformou igrejas e cemitérios por onde passou no sertão. E Jesus fez as suas reflexões, tal como Moisés e Antônio Conselheiro, também fizeram. Cada qual com as suas quarentenas e suas geografias. E cada um deles adquiriu conhecimentos em seus caminhos. Depois de seus desertos e sertões, imensidões de águas, voltaram e se fixaram; acomodaram-se em um povoamento, para transferir seus conhecimentos e seus discernimentos.

Navios com ocupantes infectados são colocados em quarentena quando chegam a um porto. E quando provenientes de regiões contaminadas, ficam afastado dos portos cumprindo uma quarentena. Quando há uma suspeita de epidemia à bordo, uma suposição ou suspeita de que seus ocupantes: seus imigrantes e tripulantes estejam contaminados, a quarentena é uma estratégia de prevenção de uma nova contaminação. A quarentena é o tempo suficiente para uma cura ou manifestação. 

Nos tempos das mesinhas e dos chás, com ervas e raízes, com purgantes e laxantes. Quarenta dias eram indicados para uma convalescência de pós-parto ou pós infecção. Um tempo necessário para uma recuperação em um momento pós-traumático. Doentes e convalescentes ainda passam por quarentenas, para vivenciar as emoções proporcionadas por doenças e isolamentos. Símbolos físicos associados a símbolos mentais. A doença é o caminho para a cura, depois de uma de uma somatização de emoções e sentimentos.

O tempo da quaresma vai da Quarta-feira de Cinzas até a Quinta-feira Santa. É formada pelos domingos da quaresma, e o quarto domingo recebe o nome de Domingo da Alegria.  O período de quaresma é repleto de símbolos pelas ruas e pelas casas, em supermercados e igrejas. Quarenta dias cheios de símbolos e conhecimentos. As ruas, os mercados e a lojas se enchem de símbolos que se identificam e transmitem um conhecimento. A páscoa marca um ritual de passagem para novos acontecimentos e conhecimentos.  

O domingo que antecede a Páscoa é o Domingo de Ramos, relembrando o dia em que Jesus entrou festivamente em Jerusalém, pouco antes de sua morte, quando ia comemorar a páscoa, com seus discípulos. E nos dias de hoje, nos Domingos de Ramos, é possível ver pelas ruas, pessoas saindo da igreja com ramos de galhos na mão, depois da missa dominical. Ao entrar na cidade Jesus foi aclamado pela população, que acenava agitando ramos de oliveiras e palmeiras. 

Na festividade denominada Panatenéias (Mitologia), em honra de Minerva (a deusa do conhecimento e sabedoria), os velhos traziam na mão ramos de oliveira, em procissão solene, com a participação de pessoas de outras idades.

A pomba é considerada como símbolos de paz, harmonia, fraternidade, amor e amizade, esta representada pela colomba pascal em forma de alimento sobre a mesa. A pomba serviu como um canal de informação e conhecimento para Noé. Os ovos de páscoa, com seu modelo mais comum, feito de chocolate e recheado de balas e bombons, representam o símbolo da vida nova, o que esta prestes a nascer.

O vinho simboliza o sangue de Cristo, enquanto o pão representa o seu corpo. Os vinhos provem das uvas que podem ser pisadas, para extrair seu sumo, um caminhar sobre as uvas. As uvas unidas em seus cachos perfeitos lembram a forma de um coração. E as uvas separadamente, brancas ou vermelhas, lembram os glóbulos brancos e vermelhos que circulam no sangue. O pão que é consumido diariamente é um símbolo constante na igreja. Símbolos que proporcionam um conhecimento. O conhecimento está circulando pelas ruas, em terras de Santa Cruz, Nova Cruz e Vera Cruz, a verdadeira cruz.   

Natal/RN – 29/03/15



Um conhecimento que circula pelas ruas (11). A Grande Natal como case de conhecimentos 

A Região Metropolitana de Natal, também conhecida como Grande Natal, é formada por dez cidades ou municípios: Ceará Mirim, Extremóz, Macaíba, Monte Alegre, Natal, Nísia Floresta, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, São José de Mipibu e Vera Cruz. Os municípios de Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Macaíba e Extremóz estão localizados no entorno geográfico, junto aos limites da capital Natal, fazendo divisa com o município sede estadual, a capital, a cidade de Natal. Enquanto os outros municípios: Ceará Mirim, Nísia Floresta, São José de Mipibu. Monte Alegre e Vera Cruz, fazem divisa com os municípios circunvizinhos à capital. Circulando e movimentando-se entre as citadas cidades, vamos obter informações e conhecimentos. Fatos passados e atualidades sobre a história da região. É possível encontrar um saber e um conhecimento nas ruas e avenidas dos municípios. Em rodovias federais e estaduais, em BRs e RNs, em pontes e viadutos, marcos e portais. 

A proximidade e a interatividade das pessoas entre as cidades provocam uma interatividade trabalhista e turística entre os principais municípios estaduais. Traz uma ideia ao morador e ao trabalhador; ao visitante e ao viajante: ao turista, ao veranista, ao andarilho, e ao mochileiro. A ideia de que as atividades de lazer e entretenimento, divulgadas e encontradas, estão todas incluídas na cidade capital.  E na verdade elas podem estar pulverizadas: espalhadas e inseridas aqui e ali na Grande Natal, a região metropolitana, a metrópole de Natal. 

Um turista passageiro, ao chegar por via aérea, no aeroporto de Natal (NAT), antes da Copa 2014 desembarcava em um aeroporto localizado em Parnamirim. Com a inauguração do novo aeroporto passou a desembarcar em São Gonçalo do Amarante. Daí que o aeroporto designado como de Natal, identificado na passagem aérea como NAT, uma sigla internacional, não era localizado, e continua não instalado no município de Natal. Antes o aeroporto era denominado de Augusto Severo, um nome relacionado à aviação, e agora denominado de Aluísio Alves, um político da história local. Fatos acontecidos na história, e elementos permanentes na memória fazem entender que a Grande Natal é a cidade de Natal, ou vice-versa. Um limite geográfico que escapa aos olhos e aos desejos de quem chega para conhecer a cidade e seus arredores, seus pontos turísticos divulgados como cartões postais.

Das dunas de Genipapu à lagoa de Camurupim, com direito a visitar o citado como maior cajueiro do mundo, são atividades que englobam alguns municípios, da Grande Natal. Da Ponta do Calcanhar à Ponta da Canela passando pelo Morro do Careca e pela Praia de Cotovelo; ou de São Miguel do Gostoso, a dezenas de quilômetros ao norte de Natal à Pipa, a dezenas de quilômetros ao sul da capital, uma infinidade de municípios na costa do litoral norte-rio-grandense, dentro e fora da Grande Natal. 

O martirólogo regional está presente com fatos na localidade de Cunhaú (16/06/1645) localizado atualmente em Canguaretama, como também na localidade de Uruaçu (03/10/1645), localizado atualmente em São Gonçalo do Amarante. Fatos de ataques e massacres registrados na história norte-rio-grandense. Fatos lembrando a presença holandesa, uma presença sem grandes heranças culturais. Uma presença também passando pelo Forte, que dá o nome a uma praia, e faz uma defesa turística atualmente, na entrada do porto e da cidade. E ao longo da história, fatos e mitos ficaram registrados como acontecidos em Natal. Atravessando e investigando os municípios descobrem-se onde os fatos aconteceram e onde foram registrados.

No consenso geral e na conversa casual, toda a atual, a Região Metropolitana da cidade de Natal, pode ser considerada como Natal ao longo da história. Os momentos que marcaram a história estão registrados como acontecidos em Natal. A cidade como referência nacional e internacional. A ocupação por holandeses, a chegada dos franceses e a ocupação pacifica pelos americanos. Primeira cidade a tomar Coca-Cola, primeira a mascar chiclete, a primeira a usar óculos escuros, e mais outras histórias, ficou registrado como sendo em Natal.

Com o tempo e um aumento da população, e o fracionamento do território, foram se criando outras cidades, mudando divisas municipais. Muitas histórias e influencias foram deixadas em Natal, ou na Grande Natal. E se os holandeses pretendiam estabelecer a Nova Amsterdã, ocultamente ficou estabelecido na sigla internacional NAT - New Amsterdam Terminal.

O elefante é um símbolo de memória. E o contorno do estado lembra a silhueta de um Grande elefante. Grande Natal, a capital de um elefante de conhecimentos: Salt Lake City (Lagoa Salgada), Barcelona, Macau, Equador e Alexandria. Da cidade de Venha Ver, próximo a divisa com o estado do Ceará, na tromba do elefante, à cidade de Passa e Fica, na divisa com o estado da Paraíba, regiões fora da Região Metropolitana de Natal, uma infinidade de conhecimentos são encontrados por ruas e estradas. 

Nas estradas do estado encontramos placas com informações turísticas; placas com limites de velocidades, placas indicadoras de municípios, e placas com limites geográficos e administrativos entre os municípios. Votos de boas-vindas e votos de despedidas por placas ou painéis; ainda encontramos monumentos ou pórticos que caracterizam o presente e o passado, a história viva da cidade. Uma história construída nas ruas. A história fora da academia, a história que a academia se apropria como sendo seu conhecimento. Um conhecimento pesquisado e produzido. A academia tabula e organiza cronologicamente o conhecimento que é produzido nas ruas. A cultura e a história que emana do povo, com o poder que tem o povo, de fazer e mudar os rumos de sua história. Um povo armado de mentes pensantes e minicomputadores nas mãos. 

RN 05/04/15 



Um conhecimento que circula pelas ruas (12). A cidade de Natal como case I 

Enquanto não se consegue ter uma linha de ônibus com conforto, comodidade, regularidade e pontualidade, entre Santos Reis e a Redinha; por via aérea tenta-se criar um voo para ligar Natal (NAT) à Miami (MIA) e Buenos Aires (EZE); e tops models anunciam em redes sociais seus embarques para Dubai (DXB). Mais um fato a ser acrescentado em Dicotomia Natalense (texto de 2012). A necessidade de poucos, do salto quantitativo e qualitativo: de São Gonçalo do Amarante para o mundo. Enquanto uns procuram dar um salto por via aérea entre continentes, outros não conseguem dar um salto sobre um rio, para se levantar e mudar de margem: da Redinha ao Forte, sair da redinha para chegar a um ambiente forte. Reina a definição clássica de rivalidade, daqueles que estão nas margens opostas de um rio (river). Aqui a separação da Zona Norte com o resto da cidade. 

A cidade de Natal vem crescendo e adquirindo hábitos de cidade grande, determinando assim um campo (no olhar de Bourdieu), para ser estudado e analisado. Com os hábitos surge o habitus (idem), individual, coletivo e social. O comportamento da sociedade, e de cada de cidadão. A cidade no coletivo e cada um no individual juntando forças para evitar uma histerese (idem), ao mudar de hábitos. O medo e o receio de perder um espaço ou um status conquistado. A falta e carência de resiliência, da cidade e seus cidadãos. Não admitem mudar seus paradigmas, em busca de novas metamorfoses.

Natal já foi dita como a tal, quando se dizia que havia um poeta em cada rua, e em cada esquina um jornal. O conhecimento circulava de boca em boca e de mão em mão, pelas palavras de um poeta e pelas mãos de um gazeteiro. O conhecimento ainda circula nas ruas e pelas mãos, para quem tem um celular conectado e linkado. Poetas se reúnem agora em locais fechados na tentativa de resgatar uma época de conhecimento pelas ruas. Criaram a SPVA - Sociedade de Poetas Vivos e com atividades Afins, um ato merecedor de um espaço, e de um prêmio Nobel local. 

Professores da Universidade Federal criam grupos, em cursos de extensão, para discutir, debater e desenvolver o que parece ser um problema atual e mundial, a água: com seus usos e reuso. Mudam seus pontos de vistas e rompem com seus paradigmas, saindo de uma visão heurística para um olhar holístico, olhando o ser humano como parte integrante do meio ambiente. Educadores transformam-se em multiplicadores do conceito de convivência urbana e social, com um foco de preservação do ambiente e da espécie. Enquanto um grupo discute um futuro do planeta, o Jet set está preocupado com a última moda para vestir o corpo, e como circular nas ruas sobre quatro rodas com suas SUV, um conceito artístico e automobilístico de veículos esportivos e utilitários. Pelas ruas motoristas solitários, com veículos incompatíveis com a largura das ruas, e o tamanho das vagas. Incompatíveis com o momento social e atual.

A mídia incentiva a reduzir o tempo gasto em um banho, enquanto regatos de água colorida desembocam em bueiros, junto ao meio fio. Com suas nascentes em duchas de água quente de confortáveis poltronas em salões de beleza, com ar refrigerado, cafezinho e água gelada, com nomes de compreensão e grafia internacional (Studios e Coiffure). Belas e confortáveis casas residenciais e comerciais são construídas com a mais alta tecnologia objetivando um conforto a seus moradores e clientes, mas não possui um elemento básico, o saneamento, um sistema utilizado desde os tempos da Grécia antiga. 

Alguns personagens natalenses com seus capitais patrimoniais insistem em acreditar que seus bens materiais, venham os colocar em posições de grandes detentores de capitais intelectuais e comportamentais. Vivem no modelo antigo dos privilégios políticos daqueles que tinham um capital financeiro, e aplicavam um coronelismo. Exercem uma violência simbólica, ainda que não consentida por todos, os oprimidos. Os que não se oprimem lutam e brigam pelos seus direitos e seus espaços.

Natal vive atualmente o caos dos engarrafamentos. Um excesso de carros circulando em ruas e estacionados sobre as praças e calçadas. O crescimento de uma cidade traz problemas para uma cidade não planejada para crescer. A cidade cresceu com seus antigos habitantes, e inchou com a chegada de novos imigrantes. O resultado de uma propaganda nacional e internacional com apelo turístico. Natal sempre buscou atrair turistas sem reforçar sua infraestrutura. Apostou no visual e na beleza do natural, sem investir em acessibilidade, ou transporte intermodal.

Uma cidade que viveu sempre o presente com os olhos no passado. Vive de seus arquétipos, das presenças estrangeiras. Ainda que ventos e correntes marítimas tenham trazido conhecimento e informação, ao longo de sua história, aos habitantes do local.  Os ventos e as correntes marítimas trazem chuvas e embarcações; trazem ideias e inspirações chegam pelos novos ares que refrescam a cidade. A doce brisa marítima, com ciência e tecnologia. Uma demanda demográfica demanda novas ideias.

Personagens urbanos saem do interior, mas o interior continua contido neles. Câmara Cascudo produziu um conhecimento porque estava bem posicionado geograficamente. Com inúmeros convites nunca quis deixar a cidade em que nasceu. Foi conhecido como o Luis de Natal. Em Natal nasceu, em Natal viveu e em Natal encantou-se.

Excesso de automóveis que ocupam ruas e calçadas. Veículos que atrapalham o transito e engarrafando ideias. Isolam pessoas dentro de um carro, fechado com ar condicionado, que não observam os detalhes das ruas. Com seu isolamento não se dão conta do que acontece nas ruas, somente à sua frente. Um programa sem replay, apenas em alguns segundos pode ser visto pelo retrovisor, alo que aconteceu na pista contraria ou algo preste a acontecer em sua pista, se for ultrapassado pelo veículo carro que o segue.

Nos intervalos para comerciais em sua tela que funciona como para brisas assiste os reclames comerciais expostos em outdoors e busdoors, mais os painéis laterais em ônibus e caminhões, faixas e cartazes. Um semáforo faz uma contagem regressiva para o reinicio do programa que desfila na tela à sua frente. 

RN 12/04/15 





Um conhecimento que circula pelas ruas (13). A cidade de Natal como case II 

A cidade de Natal quando avistada de longe na costa marítima, será possível também avistar o farol de Mãe Luiza, uma referência no transporte marítimo que avisa perigos, e emite sinais aos navegantes, com seu poder de iluminação de longo alcance, com uma codificação em sinais de luz. Um farol tem uma mensagem marítima. Entre a Europa e a América do Sul, Natal um primeiro porto para navios aportarem em território brasileiro. Quando não existia o farol, talvez navegantes desorientados em Touros/RN chegaram, onde eles deixaram um marco de sua passagem e desembarque no local, o marco de Touros.

O farol de Mãe Luiza tem muitas histórias e estórias para contar, por seus olhos que alertam navios, e com seus filhos a seus pés, no topo do morro com o mesmo nome. A começar por uma mãe chamada Luiza, que lhe deu o nome, ao morro e ao farol. Tornou-se mãe de todos que habitam o local. Regiões de baixios, alagadiços, cheias de mato e mosquitos (maruins), tal como os morros, são os locais onde moradores capitalizados não querem se instalar. Restando aos que tem uma menor renda e menor condição. Restam os lugares íngremes e insalubres, para os que sem condições, querem perto do trabalho e perto da cidade ficar. 

A ocupação do morro de Mãe Luiza, tem semelhanças a outras histórias em outras cidades. Tal como em outras cidades foi uma opção de moradia para famílias de baixa renda que optaram em morar e ficar bem próximas da cidade, em locais desprivilegiados e desprezados por quem tinha a opção e a condição de escolher. A princípio os morros nas cidades, são desprezados pela ocupação e especulação imobiliária. Restando ser a uma ocupação irregular por pessoas com orçamentos reduzidos. Pessoas que trabalham nos centros das cidades, e fazem a opção de morar perto de suas ocupações, e mantendo assim algumas de suas tradições. Economizando tempo com deslocamentos, e dinheiro com transportes. Um dia um grupo privilegiado pode olhar com outros olhos, e aquele lugar escolher para morar. E de tudo iram fazer para aquele lugar ocupar.

Natal/RN tem o Forte do Reis Magos como guarita em sentinela em sua entrada fluvial e marítima. O caminho do Rio Potengi como entrada para navegantes avançarem para o interior; obterem obter água doce e potável, e o caminho para adentrar o continente. O Forte em forma de estrela guarda em sua engenharia e arquitetura o relato histórico das suas ocupações. Sendo o Forte dos Reis Magos, localizado junto ao bairro de Santos Reis, a cidade de Natal evidencia uma forte tendência aos costumes e regras da igreja católica. Ainda que o Forte e a cidade aguardem proteção, amparos e reparos.

Seguindo um pouco mais adiante, subindo o rio, as marcas de ocupações mais recentes. A era da navegação aérea instalou a Rampa, cenário de uma ocupação tecnológica e cultural de um determinado tempo. Um local histórico de encontro de presidentes, do Brasil e EUA. A arquitetura com arcos e as varandas na construção determinam um estilo de uma época. De um lado, uma margem, a Rampa com características americanas, e do outro lado, na outra margem, o cemitério dos ingleses. Em ambos os lados, ambas as margens, o mesmo idioma, entre americanos e ingleses.

Na Ribeira, parte antiga da cidade ainda é possível identificar: um teatro tradicional e antigo; a antiga estação rodoviária e ainda funcionando uma estação ferroviária. Com traços de evolução na utilização de um novo transporte sobre trilhos, o VLT – Veículo Leve sobre Trilhos, em contraste com velhas locomotivas arrastando cacarecos, ainda chamados de vagões de passageiros, que com a baixa tarifa, quase insignificante, fica difícil aos passageiros reclamarem.

Ainda na Ribeira, a companhia das docas e o porto marítimo, com cargas e as descargas dos navios, mais uma estação marítima de passageiros. O moinho de trigo e seus silos, cenário muito comum em cidades com portos, caracterizando a dependência do trigo importado. Os bairros da Ribeira, Rocas e Santo Reis formam um extremo da cidade fazendo esquina com o rio e o mar. Encontramos nesta esquina um Forte como uma sentinela e guardião da cidade, e vestígios da chegada de passageiros, estrangeiros e aventureiros por via marítima. Em outras partes da Ribeira, outros sinais evidentes de chegadas: por via terrestre (ferrovia e rodovia), por via aérea, e por via fluvial. Em um lugar um tanto distante da Ribeira, o embarque aéreo internacional (São Gonçalo do Amarante) e o embarque espacial (Barreira do Inferno).

Os portugueses descobridores e colonizadores buscaram esquinas de mar para se instalar. Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul, e no Rio de Janeiro, por supor que a entrada da Baia de Guanabara fosse um rio. Em uma época histórica o território uruguaio pertenceu a território brasileiro, e o Uruguai também faz uma esquina com um rio e o mar. A foz do Rio da Prata, a confluência de alguns rios. Esquinas de rios com o mar, semelhanças e lembranças do Rio Tejo. Memórias que ficaram registradas na memória e na história. Arquétipos do comportamento e da história de nossos denominados descobridores, catequistas e depois colonizadores.

Hoje as lembranças e memórias são e estão inscritas e grafadas nas ruas, nas praças e avenidas. Histórias mais recentes com novos tipos de comportamentos e outros modelos de transporte. Resultados de miscigenações, culturas e tecnologias. Em Natal uma ponte estaiada sobre o Rio Potengi liga a ocupação do passado com a ocupação recente do presente. Ocupações desordenadas fazem divisas com ocupações mais organizadas de ambos os lados.

Na linguagem, no uso e no abuso popular, a cidade está unida e dividida por uma ponte. E separada por um tempo, e uma cultura. Quando se diz que de um lado da ponte fica Natal e do outro lado da ponte é a Zona Norte.     



Um conhecimento que circula pelas ruas (14). A cidade de Parnamirim, na Grande Natal, como case de conhecimento 

Pesquisadores americanos e holandeses, recentemente fizeram algumas pesquisas comportamentais com crianças, e Natal já foi criança nas mãos de americanos e holandeses. Os pesquisadores descobriram, entenderam, ou perceberam que crianças muito elogiadas tendem a ter comportamentos narcisistas, e Natal já serviu de moradia com ocupação de americano, holandês, e mais outros povos que teceram muitos elogios ao local. Elogios por suas belezas naturais e posições estratégicas. Natal já foi elogiada e desejada, para ser usufruída e ocupada, talvez seduzida ou induzida. Um ponto estratégico, esquina de um rio com o mar, e esquina do continente com o oceano. Um espaço geográfico que já foi tomado, disputado e ocupado, por povos: primitivos, descobridores, catequizadores, colonizadores, exploradores e invasores. 

Em um breve passeio de barco na desembocadura do rio Potengi, (barco escola Chama Maré), observamos instalações e vestígios de forças armadas: marinha, exército e aeronáutica. Ao longo da sua história o delta do Potengi com manguezais e gamboas teve ocupações estratégicas: indígenas e não indígenas, civis e militares, turísticas e culturais. Estrangeiros mortos fizeram sua última morada ali.

Como as cidades são compostas por pessoas com comportamentos individuais, as cidades têm comportamentos resultantes do universo comportamental coletivo, dos seus ocupantes temporários e fixos. Uma análise psicossocial e histórica de uma cidade é a análise da cidade como um indivíduo, influenciado pelo meio em que viveu, pelas histórias que passou, pelos povos que acolheu. Ao longo da história Natal também tem um comportamento narcisista, dos mitos de Eco e de Narciso. E sofre com as ações das águas doces e salgadas, de chuvas e rios, ondas e marés, lagoas naturais e artificiais. Narciso exaltado com sua beleza mergulhou em um lago em busca de seu reflexo e afogou-se. E se narciso natalense não vai buscar seus reflexos nas águas as águas vêm para mostrar seu reflexo narcisista, nos espelhos das laminas d’águas marítimas e fluviais, lacustres e pluviais. E Eco repete por diversas vezes as frases ditas.

Natal perde seus espaços, mas não perde um discurso turístico de ter belezas naturais, que turistas nacionais e estrangeiros um dia elogiaram. Perde seus voos e tenta recuperar com redução de impostos estaduais no QAV, o querosene para aviação. E está sempre a repetir, na tentativa de em um eco, não deixar de existir. Perde qualidade de vida, e promete oferecer uma vida melhor no espaço de breves e longos anos. Acreditou nos legados da Copa, e agora o estado não tem recursos para criar os novos elefantes deixados. Elefantes brancos que estão espalhados na cidade aguardando novos desportistas mundiais chegarem. Natal convive com espaços urbanos, e não possui área rural. Tem trilhos, mas não tem trens. Tem berços portuários e carece de navios. É rota de aviões entre os hemisférios, aviões que sobrevoam, mas não entram nas estatísticas de pousos e decolagens.

Muitas das belezas naturais apresentadas como pertencentes à Natal estão localizadas em outros municípios. Natal não tem uma longa área praiana e também não tem área rural, não tem serras ao seu redor. Seu território todo ocupado, é predominantemente de modo urbano, de cobertura pétrea e asfáltica, e outros recapeamentos viários. Com algumas ocorrências de matas nativas preservadas. As divisas entre os municípios circundantes estão escondidas em praças e ruas, com placas escondidas na paisagem urbana, a selva de pedras com trilhas asfaltadas. 

Parnamirim é uma cidade vizinha á capital estadual, contigua de Natal, possui região urbana e rural. Por vezes quase se confundem ─ Parnamirim e Natal ─ ao ponto de uma parte, ou toda Nova Parnamirim, um bairro de Parnamirim ser conhecida como Nem. Nem daqui e Nem de lá. Não se sabe muito bem se pertence a Natal ou a Parnamirim, criando uma dúvida entre nem ser daqui ou nem ser de lá. Ônibus que se destinam e partem do Nem, expõem em seus letreiros, de origem e destino: Cidade Verde, Eucaliptos e Nova Parnamirim, chegando e partindo todos, do mesmo terminal. Coletivos que partem de Parnamirim para fazer um tour em Natal, um bate volta passando primeiro pelo Alecrim ou pela praça (Cívica).

Embora a história cite a participação de Natal na Segunda Guerra Mundial, muito desta geopolítica está localizada em Parnamirim. As ruas e avenidas podem afirmar esta história com temas e frases expostos nas laterais de ônibus lembrando títulos da participação na guerra, e nomes de empresas de transporte coletivo: Trampolim da Vitória e Parnamirim Feeld, títulos dados a Natal na história, mas na geografia atual encontramos em Parnamirim. A cidade que um dia já teve nome de brigadeiro e ministro da aeronáutica: Eduardo Gomes. Uma cidade com zona urbana e zona rural, paisagens litorâneas e paisagens de roça. É possível viver, ou ter casas no campo, na praia, ou na cidade.

A cidade de Parnamirim tem um olho no passado e outro no futuro, ou um olhar para terra e outro olhar para o céu. Cidade que sediava o antigo aeroporto internacional da capital. Tem na entrada do antigo aeroporto um carro estacionado modo irreverente e inusitado, anunciando que quando começar a circular vai seguir as mesmas rotas foguetes.

Parnamirim tem planetário e ares de cidade aeroespacial. Nome indígena com um olhar para a casa de Tupã e Jaci. Na Rodovia do Sol não há quem não queira parar ao ver ao lado da estrada alguns foguetes e um avião. Foguetes que parecem mísseis, e um avião militar de fabricação nacional, um Xavante da EMBRAER, estacionado fazendo uma escolta, patrulhando um espaço aéreo representado com artefatos aeroespaciais fincados ao chão. Paranamirim tem laços com outra cidade aeroespacial: São José dos Campos/SP, que abriga instalações do INPE (Instituto de Pesquisas Espaciais); e IAE/CTA (Instituto de Atividades Espaciais do Centro Técnico Aeroespacial).      

Entre Natal/RN e Parnamirim/RN  26/04/15 



Um conhecimento que circula pelas ruas (15). Entre medos e preconceitos 

A globalização não acontece somente em uma visão macro do mundo, não acontece somente como uma totalidade do ponto de vista planetário, no globo terrestre. Mas na visão micro da globalização também. A globalização acontece também, e principalmente em uma visão micro, a partir da visão global do planeta. O que acontece em uma visão macro, também acontece ou reflete na visão micro. O mundo é interligado, das orbitas dos elétrons as orbitas planetárias. A visão cartesiana vem sido esquecida cada vez mais. A mudança de paradigmas do heurístico para o holístico. Redes e teias ramificadas interagem em diversos sentidos, fatos e momentos.

Uma globalização acontece nas ruas de uma cidade perante a necessidade de tipos diversos e diferentes em ocuparem um mesmo espaço. Pessoas que andam a pé, pessoas motorizadas com carros e motos, e pessoas com dificuldades ou limitações de deslocamento, providas de andadores, cadeiras de rodas, bengalas e muletas. E é em uma cidade que se forma cidadãos para o mundo. A cidade tem uma responsabilidade em formar seus cidadãos para que possam deslocar-se por outros espaços como cidades, estados e países. Deslocar-se em seu próprio meio, respeitando dificuldades, deficiências e diferenças. É nos espaços públicos que uma cidade educa seus filhos, os munícipes.

A sociedade evolui e os conceitos mudam. Novos espaços vão sendo demarcados nos espaços urbanos. Espaços são sinalizados, são marcados e delimitados; espaços para atravessar ruas e avenidas. Tempos em semáforos para uns e para outros. Faixas de pedestres são pintadas de acordo com espaçamentos de um passo tamanho padrão. Os tempos de semáforos são calculados de acordo com o tempo necessário estimado para atravessar uma rua. Vagas em quantidades percentuais são reservadas a idosos e portadores de deficiências.

Novas adequações provocam medos de perder espaços que antes poderiam ser ocupados. Ao longo dos anos portadores de deficiências foram vítimas de suas diferenças, de sua anatomia e de sua fisiologia. Idosos e deficientes temporários precisam de mais tempo para percorrer um espaço. Com estudos, planejamentos e avaliações criou-se a ideia de um espaço socializado.

Consta no CBT (Código Brasileiro de Transito): Aumentar a segurança de trânsito; - Promover a educação para o trânsito; - Garantir a mobilidade e acessibilidade com segurança e qualidade ambiental a toda a população; - Promover o exercício da cidadania, a participação e a comunicação com a sociedade, e - Fortalecer o Sistema Nacional de Trânsito. Regras que todos habilitados devem saber.

O espaço urbano é formado pelo tracejado dos logradouros públicos, que podem ser utilizados e usufruídos por toda a população. Espaços e vias reconhecidos pela administração do município, com planejamento e implantação, limpeza e conservação. Espaços destinados à circulação de veículos e pedestres, o local onde encontramos as diversas ruas e avenidas, praças e largos; calçadas e calçadões, parques e jardins. Com espaços e acessos especiais, para portadores de necessidades especiais: com deficiências físicas, fisiológicas ou anatômicas, e com mobilidades limitadas ou reduzidas, permanentes ou temporárias. Espaços imbuídos de uma vivência e convivência colaborativa. Com práticas, estruturas e comportamentos inclusivos; adaptados com comunicação suplementar e alternativa. Promovendo condições de acesso e permanência no espaço. E assim espera-se que devam ser os espaços das cidades com direitos e respeito a uma diversidade, um espaço plural. 

As ruas, são espaços democráticos onde circulam as pessoas livres. Livres de grilhões e livres de preconceitos. É no espaço público que seguimentos diversos colocam seus cartazes, expõem seus direitos e suas manifestações, políticas, partidárias, ideológicas, institucionais ou culturais. E diante tanta diversidade e pluralidade, este espaço deve ter regras, as suas convenções, para serem cumpridas e respeitadas. As marcas e símbolos de acessibilidade estão espalhados pelas ruas e calçadas da cidade, com uma sinalização vertical e horizontal. Basta compreende-las e respeita-las.      

Natal/RN 03/05/15 







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Em 28/02/16

Roberto Cardoso “Maracajá”

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Em 28/02/2016

Entre Natal/RN e Parnamirim/RN



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