A
desconstrução do conhecimento (1)
A denominada academia do
conhecimento é formada por universidades, escolas superiores e faculdades. Dividida
em departamentos e coordenações, diretorias e reitorias. Capitaneada por especialistas,
mestres e doutores; decanos e diretores; reitores com direito a vice-reitoria e
pró-reitoria. Uma construção orgânica e simbólica: física, jurídica e
intelectual, com um compromisso social.
Esta academia construiu
degraus que chegaram cada vez mais altos, com caminhos cada vez mais longos.
Buscam sempre alguns interesses e objetivos: próprios, individualizados ou
generalizados. Buscam o saber e as informações para construir conhecimentos.
Seus patrocinadores investem com remunerações, capacitações e informações, em
mentes pensantes e pulsantes. Buscando obter como resposta patrimonial a
detenção de um conhecimento, que determine um poder. Um capital intelectual e
de conhecimento.
Estratégias adotadas na
construção do conhecimento. Uma estratégia externa, como modelo de convocar e
selecionar membros para participar e fortalecer o sistema escalonado, novos
alunos fomentam e alimentam o processo (feedback). Uma estratégia interna, como
tentativa de diminuir a concorrência, escolher entre cabeças pensantes, para
decidir quem pode chegar ao topo.
Caminhos e degraus que
objetivam dificultar uma chegada ao topo, ocupado por aqueles que foram alem da
graduação: certificados, diplomados e titulados. Renomados como supostos detentores
de um conhecimento. Disputam títulos e conhecimentos nos palcos de colóquios e
conferências, seminários e congressos. Quanto mais especializada a
pós-graduação, mais raros são seus certificados e titulações. No entanto hoje
vemos a tão afamada academia distribuir títulos como estratégia política,
criando uma vulgarização da sua mercadoria de maior valor. Uma mercadoria com
um valor simbólico, criada para ser rara.
Mestres e doutores devem
produzir um conhecimento através de suas pesquisas. Produzir novas ideias,
novos pontos de vista, e novos ângulos de interpretação. Na condição de
orientadores contam com apoio de seus orientandos, desenvolvendo a dialética:
teoria e pratica. Devem pesquisar uma diversidade de fontes e autores, fazendo por
merecimento e reconhecimento, citações bibliográficas.
E o reconhecimento de um
conhecimento produzido é feito através de um documento impresso e chancelado,
acompanhado de um cerimonial ritualístico. Mercadorias e rituais criados para
serem raros, destinando-se a pessoas distintas, distinguidas pelo seu
conhecimento. Hoje se distribui títulos de doutores (honoris causa) a quem não
investiu, não pesquisou e não produziu um conhecimento. Talvez tenha
proporcionado instrumentos e condições para tal, fato que caracteriza uma
estratégia política, de uma ou ambas as partes. Enquanto uma parte socializa
seus títulos, a outra parte cobra uma participação na restrita sociedade científica
de imortais.
Por outro lado professorados
e renomados cientistas sociais atacam a sociedade. Mestres subestimam alunos em
classe, e pós-graduados no mais alto escalão subestimam o povo. Mais
precisamente a classe média, aquela que produz para uma pequena classe no topo
da pirâmide usufruir. Professorados e cientistas sociais pagos com dinheiro
público para formar novas mentes pensantes; estudar os movimentos, fenômenos e
atividades sociais. Enquanto uma classe produz, outra usufrui. Uma terceira
classe na base da pirâmide tenta a todo custo mudar seu patamar, com incentivos
e cotas sociais, ao ponto de ser usada como percentual de interesses em
resultados desejados.
Aqueles que ensinam modelos
(SWOT e Swap), a serem utilizados utilizam-se dos mesmos modelos para
perpetuarem suas posições, suas cadeiras e suas cátedras; suas lideranças e
chefias; seja de um núcleo de pesquisa ou um grupo de pesquisa. Como também
outros grupos não acadêmicos.
A razão fundamental da
pós-graduação é gerar e gerir conhecimentos. Hoje com mestrados e doutorados facilitados
e ofertados, após a graduação, este objetivo vem se perdendo pelo tempo. Uma
pós-graduação vem se tornando uma necessidade de complementação da graduação,
sem formar pensadores e pesquisadores que transformem informações em
conhecimento. Formando mão de obra para um mercado cada vez mais desqualificado,
por outros instrumentos.
Depois de estabelecidos portando
títulos no alto de seus degraus escolhem entre este ou aquele quem pode dividir
o pódio entre mestres e doutores, inclusive os pós-doutores ou simplesmente pós
doc. Com mecanismos ocultos criam poderes de dominação que se disfarçam e
perpetuam ao longo dos anos, criando ilusões sociais.
Entre Natal e Parnamirim/RN ─ 03/05/2014
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Texto escrito para: Jornal de HOJE
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Palavras Chaves: gestão; qualidade; conhecimento
Palabras Clave: gestión; la calidad; el conocimiento
Key Words: management; quality; knowledge
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Roberto
Cardoso
(Maracajá)
ESTRATEGISTA
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Votação
JULHO a OUTUBRO de 2014
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Candidato
DESTAQUES DO
MERCADO - INFORMATICA 2014
Categoria Colunista
em Informática
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INFORMÁTICA EM REVISTA |ANO 8 | Nº 89 |PAG 20
DEZEMBRO 2013 | NATAL/RN
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PRÊMIO
DESTAQUES DO
MERCADO - INFORMATICA 2013
Categoria Colunista
em Informática
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023.1461.13
CMEC
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Natal/RN
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