Diastema poético
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A casa dos odontologistas,
também conhecidos como dentistas, e que um dia foram boticários, abriu espaços
entre sorrisos e dentes. Marcou o aniversário do espaço sempre aberto
mensalmente. Arcadas superiores e arcadas inferiores estiveram presentes, articuladas
na comemoração dos 11 anos do sarau da sociedade dos dentistas escritores, um
sarau como terapia. Comissuras labiais foram em direção as orelhas. Da primeira
a última dentição muitos estavam presentes, e poucos estiveram ausentes.
Aconteceu a oclusão dos presentes.
Sócios, presidentes e antigos
presidentes do CRO-RN, estiveram ali no diastema poético para saudar e
comemorar, uma terapia em forma de sarau. A estratégia de mostrar os resultados
de seus trabalhos, com um sorriso no rosto, mostrando os dentes. A relação da
profilaxia com atenção profissional, com o emocional individual.
Grilos poetas e grilos
falantes estiveram presentes, teve cri cri no CRO, que agora tem uma
responsabilidade além da manutenção, da conservação e do controle dos dentes. Tem
o rosto e a face para estudar e preservar. Esternocleidomastóideo e outros
músculos voluntários também estiveram presentes. O músculo risório não parou de
se movimentar. O peitoral maior estava ali para abraçar e cumprimentar o obturador
e mantenedor do evento, Rubens Barros, quem faz o canal, e que em breve, não
agora, chegará a octogenário. Um jovem perante uma visita inesperada, uma declamadora
centenária, com lembranças de cantigas contadas e cantadas pela tia avó.
Foram declamados prosas e
versos aos palatos, com vibrações da úvula. Enquanto Tião com cadeira cativa junto
a mesa no Sarauterapia, visitava outros rios, de outros meses, a posição de
chairman coube a Emmanoel, um tripulante da Tríade, a caminho do Seridó. Uma
dupla de irmãs quase gêmeas, professoras jardinenses, também esteve presente,
com um desfile de Jotas em jardins de jerimuns seridoenses. Articulações dos
sujeitos, dos objetos e dos verbos, articulações dos versos e das prosas, junto
com as articulações dos ombros articularam com a SPVA: as falas, os cumprimentos
e os abraços. O fado com a primeira dama também esteve presente.
Por fim, para terminar de
comemorar, a bebemoração com comemoração: a gustação e a olfação iriam
funcionar, uma articulação fisiológica da língua e do nariz. O momento de fazer
funcionar as dorsais papilas linguares, e seus receptores gustatórios
identificando os sabores, uma apreciação antes de deglutir. Acepipes líquidos e
sólidos, doces e salgados estavam no hall a esperar. O grupo atendido no
auditório, e não no consultório, fez o sentido inverso na sala de espera.
Entre Natal/RN e
Parnamirim/RN, 17/09/15
Texto disponível em:
Komunikologia em odontologia
Fejão no dente
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