domingo, 13 de setembro de 2015

GOOD Zilas



GOOD Zilas

 PDF 474



O Japão está localizado em uma região sujeita a maremotos e terremotos. E assim acontece em grande parte do território asiático. Estudos geológicos da crosta terrestre, conseguiram uma resposta científica para as instabilidades da crosta, que provocam movimentos dos solos, no continente, ou no fundo do mar. E as questões geológicas foram sementes paras as mentes buscarem outras respostas. E desta condição, monstros marinhos que causam abalos sísmicos estão na presença constante para enredos de filmes criados, filmados e realizados no Japão. National Kid foi um super-herói destemido e corajoso criado para combater monstros e invasores extraterrestres, ameaças ao território do Japão. Lutou contra seres invasores e ameaçadores. E ao mesmo tempo que servia como mídia para produtos de marca nipônica participarem no mercado ocidental.

 

Goodzila, um outro personagem que coloca populações em risco. Um grande monstro que surge das profundezas oceânicas, provocando catástrofes e inundações. E outros monstros estão associados nos desenhos animados de orientais com olhos bem abertos, para uma ocidentalização. Monstros enormes e físicos, mas também existem os monstros sociais.

 

E no Rio Grande do Norte, vez por outras surgem monstros criados e renascidos, das aguas do Potengi, ou do mar aberto à frente da cidade de Natal. Newton Navarro foi perpetuado por uma ponte sobre o rio. Cascudo circulou em cédulas por todo território nacional. Newton Navarro e Câmara Cascudo, os monstros criados na cultura e literatura, e vez por outra surgem em novas edições literárias e novas releituras, ameaçando o mercado de novos escritores; de novos pesquisadores. Do lado feminino ressurgem das profundezas, dos mares ou das tumbas, Zila Mamede e Auta de Souza. Zila está perpetuada em uma biblioteca central da universidade federal. Auta tem seu nome em ruas. E o prefeito de Natal tenta ressuscitar Nísia Floresta sem realizar um plebiscito. Pretende trocar o nome da principal avenida com nome masculino, por um nome feminino, sem resolver problemas localizados no solo, provocando crateras e inundações na crosta de asfalto.

 

Escritores e produtores de conhecimento surgiram novamente em Quintas Literárias, a conexão da quinta dimensão, entre o passado e o presente, perpetuando nomes e ideias para o futuro. Uma dupla feminina veio a bailar, com recortes históricos e temporais. A ressuscitação de ícones do passado tornando atual as suas bibliografias. Damas trajando preto apresentaram-se como viúvas de um conhecimento criado e produzido, nascido e crescido em Natal.

 

E como dizia Câmara Cascudo: Eu não escrevo livros baseado em livros. Escritores ressuscitam monstros sem se dar conta que também podem ser monstros que um dia a sociedade vai eleger e classificar. Mulheres que podem ser as novas Autas e novas Zilas, a novas palmeiras que vieram da Paraíba, podem ser boas Zilas, as good zilas.

 

E para discordar de Cascudo, quando dizia não escrever livros baseados em livros; uma tese difícil de ser defendida, pois não podemos avaliar o quanto um texto, um filme, ou um livro pode mudar ideias e pensamentos. Ainda que não mude totalmente, cria novos ângulos para novas interpretações, e sem perceber o leitor, ou o espectador, adquire novos conhecimentos, incorpora em sua mente, seu HD biológico.

 

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Entre Natal/RN e Parnamirim/RN, 13/09/15

 

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