Antes de Cristo e
Depois de Cristo
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Conta como pregação religiosa,
que a crucificação de Jesus teria sido com objetivo da salvação do pecado
cometido pelo homem. Salvação do pecado? Salvação do homem? Qual o pecado?
Talvez o mais correto seria denominar de erro, um descumprimento de uma
observação, uma regra alertada por Deus. O não obedecer uma orientação. E a
igreja denominou como pecado um erro diante daquele, contra aquele que está
invisível. E suas consequências seriam inimagináveis, ao contrariar aquele que
está oculto. O medo do oculto. O medo daquele que criou tudo, desde as estrelas
no infinito ao ser humano aqui na Terra com minerais, vegetais e animais. Criou
o dia e a noite, o Sol e a Lua, o inverno e o verão, e deram início as
dualidades, a formação do casal. Do sim e do não, do pecado ditado e do pecador.
O pecador e o não pecador. A dualidade do visível e do invisível, do concreto e
do abstrato; do antes e do depois. Adão e Eva marcaram um momento, a presença
do homem na Terra.
A tríade pelos grandes reinos:
mineral, vegetal e animal; na terra, no mar e no ar; pelo Pai, pelo Filho e
pelo Espírito. E o espaço tridimensional. O tempo surgiu como uma quarta dimensão,
a localização dos elementos e dos seres no tempo e no espaço.
A Bíblia diz que Jesus Cristo
foi crucificado em um madeiro. Um tronco fincado perpendicularmente. Com o
tempo e o passar da história, criou-se a cruz. O Cristo crucificado com os
braços abertos. Muito provavelmente, a cruz conhecida hoje, tenha sido criada,
idealizada por São João da Cruz. A criação de um símbolo remetendo ao Cristo
crucificado. E outras cruzes foram criadas, desde a cruz Tau (T), com três
pontas até à cruz da suástica. A cruz de malta e a cruz vermelha. E a cruz voa
pelos ares.
E uma cruz atravessou a
história. Foi necessário um sacrifício de alguém para o homem incorporar uma
imagem, a cruz. Incorporou-se a cruz e seus diversos usos, além de um
significado mortuário, além da adoração. E o que seria o mundo de hoje, se não
houvesse a cruz? O que seria do mundo sem duas retas cruzadas? A crucificação
como um anuncio do céu, o anuncio da salvação.
Da religião surgiu a ciência.
Nos mosteiros, os religiosos fizeram pesquisas e copilaram livros e livros manualmente,
quando ainda não existia a tipografia. Nas igrejas um lugar de rezas, e
aprendizado de conhecimentos. O que comer e quando comer, o permitido e o não
permitido; o tempo e a hora de comer. Sem um conhecimento profundo comprovado
pela ciência, ocultamente o melhor do alimento indicado. A Bíblia com o conteúdo
de um conhecimento. Qualidade, conhecimento, higiene, saúde e verdade, pontos
utópicos e inatingíveis, mas com a necessidade eterna e permanente de serem
alcançados.
A leitura da Bíblia para quem
não sabia ler e interpretar. O ato de batizar, com um significado do banho
diário e necessário. E o ato de repartir, como sempre dividir o alimento. Orar
antes das refeições, o bom comportamento diante da mesa, o respeito aos
alimentos que doaram suas vidas. Nas igrejas o ilibado comportamento diante do
altar. Para manusear a Torá, deve-se fazer um total asseio dos braços e das
mãos, um ritual de limpeza e higienização, antes de tocar e manusear o livro
sagrado. Bíblia e Tora o início da ciência. Genesis e Gilgamés passaram um
conhecimento; proteger os animais de chuvas e alagamentos.
Com duas mãos e dez dedos, o
homem criou o sistema decimal. Contou até dez. Criou dezenas e centenas. Contou
decênios, séculos e milênios. Inventou o ábaco com os múltiplos de dez. Com os
dias dedicados à criação, criou os dias de uma semana. Com as fases da Lua
criou as semanas. Com o número dez diante das mãos criaram-se os dez primeiros meses
do ano; ... setembro, outubro, novembro e dezembro. Com a presença de poderosos
governantes chegaram outros meses: junho, julho e agosto, totalizando doze. E
com uma ciência mais precisa, pela astronomia, criou-se o ano bissexto para
compensar o deslocamento da Terra em torno do Sol, caracterizando as estações
do ano. Faltavam algumas horas para um ciclo completo em torno do Sol, e foi
adicionado mais um dia a cada quatro anos.
A roda surgiu à mente ao ver
uma pedra rolando. Foi uma inspiração inicial. Com uma arvores rolando e descendo
uma encosta pode ter havido uma confirmação. O ângulo de observação foi
fundamental. A Lua cheia também pode ter contribuído; e contribuiu também com o
arco. Com rodas e arcos promoveram-se torturas e batalhas. Rodas movimentaram
os engenhos, com prensas e carroças. As ideias surgem pela observação, criando
novos usos. Nos remédios observam-se os efeitos colaterais, que podem dar novas
ideias a outras patologias.
Sem uma cruz Renée Descartes
não se inspiraria em construir um gráfico com dois eixos cruzados, o eixo
cartesiano. Sem uma cruz não existiriam muitos instrumentos e ferramentas:
martelos, picaretas e enxadas, para transformar uma extração e uma agricultura.
Instrumentos e equipamentos que deram um primeiro passo ao desenvolvimento. A
cruz complementou as carroças, criando carruagens com pares de animais.
Sem uma cruz não haveriam
cortes e costuras auxiliados por uma tesoura, com laminas e alças dispostas em
cruz. Não existiriam os alicates como ferramentas mais desenvolvidas para
outras atividades. Sem a cruz não haveriam postes para iluminação em ruas que
se cruzam em cruz. Na natureza há uma única linha reta visível. É a linha do
horizonte. Arvores são contorcidas, torcidas e curvadas pelos ventos. E morros
e montanhas, são assimétricas pelos movimentos geológicos, sobre solos
diferenciados.
Sem uma cruz não existiriam os
postes que seguiam paralelos as ferrovias, suportando e conduzindo fios que
levavam um sinal do telégrafo para a estação seguinte, chegando com informações
antes da chegada do trem. Sem uma cruz não se faz uma armação para suportar o
telhado de uma casa. Deus o arquiteto do Universo, e o deus contido no homem,
criado a imagem e semelhança.
Sem uma cruz o homem não teria
dividido o planeta em eixos de latitudes e longitudes, formando coordenadas,
para marcar um ponto sobre um mapa ou sobre o planeta. Com uma cruz foi
possível criar um esquadro, e também é possível traçar círculos. A cruz e os ângulos
retos estão presentes nos cômodos de uma casa. Nas esquinas de um terreno, em
um loteamento.
Com as sombras das pirâmides,
surgiu o triangulo, e o estudo de seus ângulos, que ajudaram calcular alturas e
distancias. O conhecimento baseado em sombras.
O eixo com números positivos e
negativos, foi além, estabelecendo correntes elétricas positivas e negativas,
correntes continuas e correntes alternadas com a sigla inglesa: AC/DC. E grupos
de rock que marcaram um novo momento, na nova era da pedra rolada.
Texto
disponível em:
Em 4/11/15
Entre Natal/RN e
Parnamirim/RN
por
Roberto Cardoso (Maracajá)
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Jornalista Científico
FAPERN/UFRN/CNPq
Plataforma
Lattes
Produção
Cultural
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